SoftBank (Akio Kon/Bloomberg)
O SoftBank informou nesta segunda-feira, 8, que vendeu toda sua participação acionária restante na Uber (U1BE34).
A decisão de desinvestimento do SoftBank na Uber ocorre após a divulgação dos resultados do segundo trimestre do banco de investimento japonês, que está registrando perdas crescentes em seu veículo de investimento, o Vision funds.
O banco de investimento japonês registrou um prejuízo de US$ 23 bilhões. Esse foi um dos piores resultados da história do SoftBank.
No mesmo período do ano passado, o SoftBank tinha registrado um lucro de US$ 5,6 bilhões.
O Vision Funds, braço de investimentos do gigante japonês, teve um prejuízo de US$ 21,68 bilhões. A segunda maior perda trimestral para o fundo.
O SoftBank disse que vendeu suas participações na Uber em algum momento entre abril e julho a um preço médio de US$ 41,47 por ação.
Segundo o banco japonês, o custo médio de aquisição por ação foi de US$ 34,50. Por isso, a venda da participação na Uber teria ocorrido com lucro.
O SoftBank não informou sobre quanto a venda da participação na Uber trouxe para a empresa em termos de retorno total, nem quantas ações vendeu.
O SoftBank investiu na Uber em 2018 e novamente em 2019, chegando a se tornar o maior acionista do aplicativo de transporte urbano.
No ano passado, o SoftBank vendeu cerca de um terço de sua participação na Uber, e com a operação desta segunda, encerrou sua posição.
As ações da Uber estão caindo 0,41% na tarde desta segunda-feira na Nasdaq.
O SoftBank já está há meses em modalidade defensiva, segundo quanto declarado pelo próprio CEO do banco de investimento, Masayoshi Son.
Son já reduziu radicalmente a atividade de investimento do Vision Fund, que limitou em US$ 600 milhões os novos investimentos no primeiro trimestre do ano, em comparação com US$ 20,6 bilhões no mesmo período de 2021.
Parte dessa estratégia envolve a venda de algumas de suas participações para reforçar sua posição de caixa.
No segundo trimestre do ano, o SoftBank vendeu ações do Alibaba por meio de um derivativo chamado contrato a termo, levantando US$ 10,49 bilhões para a empresa.