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Smiles cai mais de 10% e chega ao menor valor desde outubro de 2018

Analistas preveem queda de lucro líquido em 33% e reduzem preço-alvo da ação

Smiles: administradora de programa de fidelidade estima desaceleração da receita para o próximo ano (Divulgação/Divulgação)

Smiles: administradora de programa de fidelidade estima desaceleração da receita para o próximo ano (Divulgação/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 3 de dezembro de 2019 às 11h09.

As ações da Smiles desabavam nesta terça-feira (3) para o menor preço desde outubro de 2018, após administradora de programa de fidelidade estimar desaceleração de receitas e queda de margens em 2020.

A empresa, controlada pela companhia aérea Gol, prevê crescimento no faturamento bruto na faixa de 5% a 10% no próximo ano, ante projeção de alta de 11% a 12,5% em 2019. No caso da margem direta de resgate, a previsão da Smiles é de intervalo de 37% a 38,2% neste ano e entre 25% a 30% em 2020.

Às 10h29, os papéis da Smiles caíam 10,06%, a 30,50 reais, tendo chegado a 30,38 reais no pior momento, mínima intradia desde outubro de 2018, e maior queda do Ibovespa, que oscilava ao redor da estabilidade. Gol PN subia 1,2%.

"A Smiles divulgou guidance decepcionante para 2019 e 2020 para o faturamento bruto e margem direta de resgate", afirmaram os analistas do Bradesco BBI liderados por Victor Mizusakim, acrescentando que o "pesadelo está se tornando realidade".

Em relatório a clientes, eles reduziram a estimativa para o lucro líquido de 2020 em 33% e cortaram o preço-alvo para 35 reais, de 44 anteriormente, enquanto reiteraram a recomendação neutra para a ação.

Os analistas afirmaram que a deterioração rápida na lucratividade da indústria de redes de fidelidade pode ser atribuída a "deterioração de mix, com maior número de passagens resgatadas a preços comerciais, preços maiores de passagens no mercado doméstico...acesso menor a passagens internacionais e aumento da competição", entre outros fatores.

A Smiles realiza encontro anual com investidores nesta terça-feira.

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