Smart Fit | Foto: Leo Martins/Exame (Leo Martins/Exame)
Guilherme Guilherme
Publicado em 23 de junho de 2021 às 07h18.
Última atualização em 23 de junho de 2021 às 07h57.
A Smart Fit, maior rede de academias do Brasil, definiu a faixa indicativa entre 20 e 25 reais para sua oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês). Com previsão de distribuir até 120 milhões de ações, considerando o lote adicional de 20%, a companhia pode levantar até 3 bilhões de reais com a operação. A oferta será 100% primária, em que o dinheiro arrecadado vai para os cofres da companhia.
O período de reserva para participar do IPO vai até o dia 9 de julho, com a precificação das ações previstas para 12 de julho. As ações da Smart Fit devem estrar na B3 no próximo dia 14, com o ticker SMFT3. O segmento de listagem será o Novo Mercado, que tem os mais altos padrões de governança.
A oferta deve contar com a participação da gestora Dynamo, uma das mais influentes do mercado, que pode entrar com até 350 milhões de reais na oferta. Em maio, a Dynamo e a Smat Fit celebraram um compromisso de investimento. Caso a oferta saia acima de 20 reais por ação, no entanto, a gestora não será obrigada a subscrever as ações, embora ainda tenha o direito.
Outros dois grandes nomes mercado que devem participar da oferta são os da CPP Investments e o GIC, que se comprometeram a participar da oferta com respectivos investimentos de até 217 milhões e 185 milhões de reais.
Dos recursos obtidos com a oferta, segundo prospecto da oferta, 70% terá como destino a abertura de novas unidades da Smart Fit. Outros 10% da oferta devem ser utilizados na compra da SmartEXP, em que possui participação de 33,2%, e em aquisições que considerar estratégicas.
Até o fim do primeiro trimestre, a Smart Fit contava 538 academias no Brasil, 184 no México e outras 206 espalhadas pela Colômbia, Chile, Peru, Panamá, Costa Rica, Argentina, Paraguai, El Salvador, Equador, Guatemala e República Dominicana. Sua base de usuários ativos era de 2,381 milhões.
A pandemia, porém, teve grande impacto nos negócios, com sua receita operacional líquida caindo de 1,984 bilhão de reais, em 2019, para 1,256 bilhão de reais, no último ano.
O IPO terá o Itaú BBA como coordenador líder e contará com a participação do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da Exame), Morgan Stanley, Santander e Banco ABC.