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Small Caps: ABC Brasil tem a maior queda da semana com Líbia entre acionistas

Definição dos termos da OPA a ser realizada pela MMX levou as ações da PortX ao posto de maior valorização entre as small caps

Conflitos na Líbia afetaram diretamente as ações do banco ABC Brasil (John Moore/Getty Images)

Conflitos na Líbia afetaram diretamente as ações do banco ABC Brasil (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2011 às 17h28.

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São Paulo – O mercado de ações brasileiro não conseguiu resistir a mais uma semana de conflitos no Oriente Médio e no norte da África. O índice Small Caps (SMLL), que acompanha o desempenho das empresas de pequena capitalização de mercado, recuou 3,32% na semana, chegando aos 1.313 pontos. O Ibovespa, principal índice de ações da BM&FBovespa, terminou o período com uma queda de 1,71%, negociado aos 66.902 pontos.

“Depois do Egito, quem ‘injeta’ incertezas no mercado é a Líbia. Mais especificamente quem parece estar adorando esses ‘minutos de fama’, o ditador Muammar Khadafi, que se mostra fortemente inflexível em suas declarações e reações violentas contra os manifestantes. O principal reflexo desse cenário de turbulências foi o aumento da cotação do petróleo, que ameaça a recuperação da Zona do Euro”, avalia Marco Aurélio Barbosa, analista-chefe da Coinvalores, em relatório.

O destaque da ponta negativa do índice SMLL nesta semana ficou para as ações do banco ABC Brasil. A instituição financeira tem uma estreita ligação com o governo Líbio, o que fez com que os investidores desconfiassem da habilidade que o banco teria em levantar recursos junto a um dos seus principais acionistas, o Banco Central da Líbia, que possui grande participação no banco por meio da Arab Banking Corporation. As ações recuraram 11,93% na semana, cotadas a 12,40 reais.

Em resposta solicitada pela reportagem de EXAME.com, o banco afirma que as “operações (do banco) não estão sendo afetadas pela crise na Líbia”. Em relação a possibilidade do Arab Bank Corporation ser afetado pelo BC da Líbia, o ABC Brasil informa que seu acionista controlador “é uma instituição muito líquida”, e cita como exemplo o índice de Basiléia de 23%, além do fato de que o banco mantém ativos líquidos (títulos e mercado interbancário) em aproximadamente 70% dos depósitos.

Empresa Código Preço (R$) Var. (%)
ABC Brasil ABCB4 12,4 -11,93
Localiza RENT3 22,58 -10,04
Fleury FLRY3 22,5 -9,27
B2W BTOW3 24,91 -7,64
Iochpe Maxion MYPK3 20,15 -7,57
MPX MPXE3 34,8 3,11
Heringer FHER3 10,05 5,68
OSX Brasil OSXB3 495 5,77
LLX LLXL3 4,43 7
PortX PRTX3 3,72 8,45

As ações da PortX (PRTX3) lideraram a ponta oposta do índice nesta semana. A empresa é resultado do processo de cisão e venda do Superporto Sudeste para a MMX Mineração pela LLX. Os papéis subiram 8,45% no período, chegando a 3,72 reais. Nesta semana o Conselho de Administração da MMX anunciou os termos da OPA (Oferta Pública de Aquisição) para os acionistas da PortX.

A empresa ofereceu a permuta de uma ação da PortX por um título de remuneração variável baseado em royalties da MMX e ações da empresa ao preço de 13,963 reais. A outra opção é a permuta de uma ação da PortX por um título da MMX com pagamento de um valor equivalente a US$ 0,44 por ação, à vista, em reais. A MMX desistiu de emitir títulos no exterior e que seriam negociados no mercado de balcão no Brasil.

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