(halduns/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 25 de janeiro de 2021 às 06h25.
Última atualização em 10 de fevereiro de 2021 às 15h57.
2021 caminha para ser mais um ano recheado de incertezas, o que torna ainda mais complicado definir as estratégias de alocação para os investidores. Um caminho para tentar antever um ano tão complexo é mapear o destino do capital recorde injetado pelo Federal Reserve (o banco central americano) e pelo governo na maior economia do mundo, os Estados Unidos. Esse é o tema do novo relatório da EXAME Gavekal Research.
A EXAME Gavekal Research é a parceria de exclusividade da casa de análises da EXAME com a Gavekal Research, uma das mais respeitadas casas de análise independentes do mundo, especializada em macro global e alocação de ativos.
O relatório, de autoria do analista Tan Kai Xian, repassa algumas das principais maneiras como o socorro financeiro do Fed e da Casa Branca impactou a economia americana, seja por meio do auxílio às famílias e aos desempregados ou por meio de empréstimos facilitados às empresas, além das operações do Tesouro para injetar liquidez nos mercados e para reforçar os balanços dos bancos comerciais.
Em seguida, o analista busca avaliar como tamanho volume de capital acumulado deve ser despendido no ano que começa, algo que terá impactos relevantes sobre o nível de atividade e sobre os preços dos ativos nos Estados Unidos.
Um dos canais se dará por meio dos bancos comerciais, que, na avaliação de Xian, podem reter o capital de maneira prudencial e semelhante ao que aconteceu nos anos que se seguiram à crise financeira global de 2008.
Ou seja, os bancos são beneficiados pela injeção massiva de capital pelo Fed, mas só uma parte é repassada na forma de empréstimo para empresas e famílias.
Mas nem tudo é pessimismo. Do lado do setor privado não financeiro, o experiente analista da Gavekal pontua que o número de empresas que tiveram que fechar as encerrar as atividades foi muito menor do que seria esperado dada a retração gigantesca do Produto Interno Bruto (PIB) graças aos programas emergenciais do governo, como o PPP. E que, diante da queda abrupta da demanda, trataram de suspender investimentos e reforçar o caixa.
Esse dinheiro "parado" agora começa a fluir e o entendimento de Xian é que ele será utilizado em boa medida para a recomposição de estoques nas companhias, mas também para investimentos em projetos, na medida em que a demanda é retomada. Não será um processo acelerado, dado o nível ainda elevado de ociosidade, mas vai reforçar a atividade.
Por fim, Xian consolida a sua análise apontando qual deve ser o efeito para os preços de ativos e para a economia como um todo. Saiba mais com a EXAME Gavekal Research.