Eike: OGX impulsiona a bolsa no pregão de hoje (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2012 às 13h12.
São Paulo- A Bovespa avançava nesta terça-feira, acompanhando o sinal positivo dos mercados europeus, mas o volume de negócios continuava limitado pelo fechamento dos mercados em Nova York devido à forte tempestade que atingiu a costa leste do país.
Às 13h08, o Ibovespa tinha alta de 0,42 por cento, a 57.418 pontos, impulsionado pelo avanço das petrolíferas OGX e Petrobras e da mineradora Vale.
O giro financeiro do pregão era de 1,3 bilhão de reais.
"Está um grande marasmo, com poucos negócios e liquidez muito baixa", disse o estrategista da Futura Corretora, Luis Gustavo Pereira.
Esse é o segundo dia em que os mercados de ações e títulos nos EUA ficam fechados, com a tempestade Sandy deixando milhões de pessoas sem luz em Nova York e provocando a suspensão do transporte público na maior parte da cidade.
Sem o referencial do mercado norte-americano, a bolsa paulista tentava acompanhar o avanço das ações europeias , lideradas pelo banco suíço UBS e pela gigante de petróleo BP.
"Não há nada que nos impeça de acompanhar os mercados europeus hoje, mas vamos lidar com mais volatilidade e muito pouca consistência durante a sessão", disse o analista Marcelo Varejão, da corretora Socopa.
Segundo ele, o tradicional ajuste de carteiras no fim do mês deve levar a uma sessão bastante volátil quando os mercados norte-americanos reabrirem --ainda não está definido se Nova York voltará a operar na quarta-feira, último dia de outubro.
Nesta sessão, as blue chips sustentavam o Ibovespa no campo positivo --OGX subia 2,82 por cento, a 4,74 reais, a preferencial da Petrobras tinha alta de 0,89 por cento, a 21,54 reais, e a da Vale avançava 0,83 por cento, a 36,38 reais.
Em sentido oposto, as empresas do setor de construção PDG Realty e MRV limitavam o avanço do índice, com queda de 0,29 e 1,51 por cento, respectivamente.
Fibria também pesava no Ibovespa, com queda de 2,93 por cento. Analistas do BTG Pactual reduziram para "neutra" a recomendação para o papel, avaliando que o forte rali recente somado aos fracos resultados do terceiro trimestre limitam o potencial de valorização da ação.
Além disso, pelo acordo de acionistas da Fibria firmado em 2009, o BNDES está liberado para reduzir sua participação na companhia a partir desta terça-feira.
Atualmente, o banco de fomento tem 30,38 por cento das ações da companhia, por meio de seu braço de participações BNDESPar.