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Sem sinal do Fed sobre juros, dólar cai quase 1%

Na véspera, o Fed manteve a taxa de juros do país no intervalo de 0,50 a 0,75 por cento, projetando um cenário positivo para a economia

Dólar - dinheiro- moedas (Dan Kitwood/Getty Images)

Dólar - dinheiro- moedas (Dan Kitwood/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 17h23.

São Paulo - O dólar terminou em queda de quase 1 por cento e encostou no nível de 3,10 reais em sintonia com o comportamento da moeda no exterior diante da falta de sinalização do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, sobre um novo aumento da taxa de juros no país.

O dólar recuou 0,89 por cento, a 3,1219 reais na venda, no menor nível desde 25 de outubro, quando encerrou a 3,1065 reais.

Na mínima da sessão, a moeda marcou 3,1081 reais. O dólar futuro registrava baixa de 0,32 por cento.

"Hoje é Fed. O banco central norte-americano só sinalizou gradualismo, não sinalizou nenhum aperto em março. Ele até pode fazê-lo, mas tem quase dois meses para se decidir", avaliou um profissional de câmbio de uma corretora local.

Na véspera, o Fed manteve a taxa de juros do país no intervalo de 0,50 a 0,75 por cento, projetando um cenário positivo para a economia e sugerindo que está no caminho para apertar a política monetária neste ano.

Entretanto, não deu mais detalhes conforme aguarda maisclareza sobre o possível impacto das políticas econômicas do presidente dos EUA, Donald Trump.

"Apesar das recentes polêmicas, Trump ainda não divulgou nada que tenha caráter diretamente inflacionário, o que dá espaço para que o Fed tanto analise quanto mensure seu impacto até a reunião de março caso algo de concreto seja efetivado até lá", ponderou a Infinity Asset em relatório a clientes.

No exterior, o dólar devolveu a queda exibida mais cedo e rondava a estabilidade ante uma cesta de moedas, mas mantinha forte recuo ante outras divisas de países emergentes, como o rand sul-africano, os pesos mexicano e chileno e a lira turca.

Internamente, contribuiu para o recuo da moeda ante o real a sucessão na presidência da Câmara, com a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ).

"O cenário político aparentemente contribui para a queda da percepção de risco. A eleição do Maia é positiva por ele já estar em sintonia com o governo e não alterar o curso que se espera para a tramitação das reformas", avaliou o economista da corretora Guide Investimentos, Ignácio Crespo Rey.

O mercado também aguardou a escolha do relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) que, no entanto, apenas foi monitorada.

"A escolha de Fachin foi neutra, não altera o andamento da Lava Jato", emendou Crespo Rey.

O Banco Central mais uma vez não fez qualquer intervenção no mercado de câmbio para esta sessão.

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