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Sem anúncio de medidas, juros fecham em ligeira alta

Sem confirmação sobre quem ficará à frente do Banco Central e do Tesouro Nacional, o mercado ensaiou uma realização de lucros


	Henrique Meirelles: o ambiente externo mais cauteloso também contribuiu para evitar a exposição do investidor ao risco prefixado
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Henrique Meirelles: o ambiente externo mais cauteloso também contribuiu para evitar a exposição do investidor ao risco prefixado (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2016 às 17h50.

São Paulo - Os juros futuros terminaram em ligeira alta nesta sexta-feira, 13, de muitas entrevistas por parte dos novos ministros do governo Temer, mas nada de concreto em termos de medidas econômicas e demais nomes da equipe do Ministério da Fazenda, além de Henrique Meirelles.

Sem confirmação sobre quem ficará à frente do Banco Central e do Tesouro Nacional, o mercado ensaiou uma realização de lucros e, por isso, as taxas estiveram sob uma leve pressão.

Neste sentido, o ambiente externo mais cauteloso também contribuiu para evitar a exposição do investidor ao risco prefixado.

Ao término da negociação regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2017 exibiu taxa de 13,575%, de 13,565% no ajuste de ontem.

O DI janeiro de 2018 subiu de 12,59% para 12,63%. Entre os contratos de longo prazo, o DI janeiro de 2021 terminou em 12,19%, de 12,13% no último ajuste.

Havia uma certa esperança entre os investidores de que o Meirelles pudesse confirmar os nomes que vêm sendo cotados para o BC e Tesouro, mas ele informou que vai anunciar a equipe da Fazenda, Banco Central e bancos públicos na segunda-feira.

Ele anunciou apenas a escolha de Tarcísio Godoy para o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda.

Já o especialista em contas públicas Mansueto Almeida, que teria sido convidado para assumir o Tesouro, disse hoje, em seu blog pessoal, que "não estou no governo e não fui nomeado para coisa alguma".

Entre os mais cotados para o BC, está o economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn. Meirelles, diante da insistência de jornalistas sobre o nome do novo presidente do BC e até quando Alexandre Tombini permanece no cargo, não descartou a possibilidade de mantê-lo.

"Não vou dizer quem é e quem não é e se não é o presidente Tombini", afirmou.

Meirelles, durante as várias entrevistas que concedeu ao longo do dia, deu as linhas gerais que devem pautar a sua gestão, mas disse que as medidas econômicas serão anunciadas somente depois de "maturadas" para serem aprovadas pelo Congresso Nacional.

Segundo ele, é muito importante que medidas tomadas sejam consistentes para não serem revisadas.

"Havia expectativa de anúncio de medidas, o que acabou não acontecendo, embora seja bastante aceitável que não se venha com medidas logo no primeiro dia. O mercado está esperando novidades para voltar a se posicionar", resumiu o analista da área de renda fixa da Lerosa Investimentos Carlos Fernando Vieira.

No exterior, dados acima do esperado sobre a economia dos EUA colocaram em xeque a possibilidade de um adiamento da alta do juro por lá, o que está pesando sobre as ações e commodities e penalizando ativos de economias emergentes.

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