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Selic abaixo de 10% é recompensa pra Tombini por frear corte

A curva dos contratos de juros futuros indica que os investidores esperam que o Brasil mantenha a taxa de juros abaixo de 10% até setembro de 2015


	O Banco Central, presidido por Alexandre Tombini, disse que novos cortes seriam feitos com a “máxima parcimônia”
 (Álvaro Motta/EXAME)

O Banco Central, presidido por Alexandre Tombini, disse que novos cortes seriam feitos com a “máxima parcimônia” (Álvaro Motta/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 08h42.

São Paulo - Os investidores estão recompensando a autoridade monetária por sinalizar que ela está pronta a interromper o maior ciclo de redução da taxa básica de juros entre o grupo das 20 maiores nações.

A curva dos contratos de juros futuros indica que os investidores esperam que o Brasil mantenha a taxa de juros abaixo de 10 por cento até setembro de 2015 depois de o Banco Central, presidido por Alexandre Tombini, dizer em 29 de agosto que novos cortes seriam feitos com a “máxima parcimônia”. Até 27 de agosto, as apostas eram de que o País iria elevar a taxa Selic para 10 por cento até abril de 2015, da atual mínima histórica de 7,5 por cento, para conter a inflação que acelerou para 5,24 por cento nos 12 meses até agosto, o maior nível em quatro meses, mostram dados levantados pela Bloomberg.

O comunicado da última reunião do Copom e o anúncio da presidente Dilma Rousseff de cortes na tarifa de energia elétrica no próximo ano estão fazendo com que o País recupere a confiança de investidores que estavam preocupados com a possibilidade de que as sucessivas reduções na taxa básica pudessem impulsionar a inflação. Apesar de o BC ter reduzido a Selic em 5 pontos percentuais desde agosto de 2011 para estimular a economia que menos cresceu entre as nações em desenvolvimento, o juro real do País é maior dentro do G-20 depois de China e Austrália.

“A perspectiva que temos um novo BC que está um pouco mais comprometido com o controle da inflação” do que em estimular o crescimento, disse Flávio Combat, economista da Concórdia Corretora, que administra R$ 3,7 bilhões em ativos, em entrevista por telefone do Rio de Janeiro. “O BC parece cada vez mais em linha com esse objetivo.”

O BC não quis fazer comentários, segundo sua assessoria de imprensa.

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