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Secretário do Tesouro fala sobre privatização e Eletrobras dispara

Mansueto Almeida afirmou em entrevista a jornal que, sem a privatização, o governo Bolsonaro teria que cortar R$ 12 bi do Orçamento de 2019

Eletrobras: a privatização da Eletrobras é uma solução ganha-ganha (Ueslei Marcelino/Reuters)

Eletrobras: a privatização da Eletrobras é uma solução ganha-ganha (Ueslei Marcelino/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 16 de novembro de 2018 às 13h45.

Última atualização em 16 de novembro de 2018 às 15h32.

São Paulo - As ações da Eletrobras lideravam os ganhos do Ibovespa na tarde desta sexta-feira. Por volta das 15h30, os papéis ordinários subiam 7,13% e os preferenciais 5,12%.

As ações repercutem a entrevista dada pelo Secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida ao Estado de S. Paulo. Ao jornal, ele afirmou que sem a privatização da Eletrobras, o governo Bolsonaro terá que cortar 12 bilhões de reais do Orçamento do próximo ano.

Disse ainda que a privatização da estatal é uma de diálogo entre o atual governo e a administração eleita. “Trata-se de uma decisão política.”

Para ele, a privatização da Eletrobras é uma solução ganha-ganha e destacou que o governo federal não dispõem de recursos para aplicar no setor.

Vale lembrar, que em outubro, ainda em campanha presidencial, Jair Bolsonaro (PSL) se mostrou contrário à privatização das geradoras de energias da Eletrobras.

“A gente vai vender para qualquer capital do mundo? Você vai deixar a nossa energia na mão da China? A gente pode conversar sobre distribuição, mas sobre geração não”, afirmou em entrevista à TV Bandeirantes.

De lucro ao prejuízo

A Eletrobras já apresentou ao mercado seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano. De julho a setembro, a companhia teve prejuízo líquido de 1,613 bilhão de reais. No mesmo período do ano passado, a estatal reportou lucro de 550 milhões de reais.

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