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SEC questionou Facebook sobre acesso via celulares antes de IPO

O Facebook respondeu alterando parte do texto relativo ao IPO junto à SEC

Em uma carta de 27 de março enviada à SEC pelos advogados do Facebook da Fenwick & West, a empresa disse ter atualizado os documentos  (Emmanuel Dunand/AFP)

Em uma carta de 27 de março enviada à SEC pelos advogados do Facebook da Fenwick & West, a empresa disse ter atualizado os documentos (Emmanuel Dunand/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2012 às 21h45.

San Francisco - A Securities & Exchange Commision (SEC), reguladora de mercados de capitais dos Estados Unidos, questionou o Facebook sobre o impacto do crescimento no número de usuários que acessam a rede social por meio de celulares nos meses que anteciparam a oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) da empresa, mostram cartas divulgadas nesta sexta-feira pelo regulador.

"Assumindo que a tendência de acesso via celulares vai continuar e que seus esforços para monetizar tais usuários serão mal-sucedidos, garanta que as informações abranjam todas as possíveis consequências na receita e nos resultados financeiros em vez de apenas dizer que eles podem ser negativamente afetados", escreveu a SEC em carta datada de 28 de fevereiro ao vice-presidente de finanças do Facebook, David Ebersman.

Em outra carta a Ebersman de 22 de março, a SEC questionou se o número médio mensal de usuários que acessam a rede social (MAUs, na sigla em inglês) por meio de celulares estava aumentando em regiões em que o uso de PCs era menor.

O Facebook respondeu alterando parte do texto relativo ao IPO junto à SEC.

Em uma carta de 27 de março enviada à SEC pelos advogados do Facebook da Fenwick & West, a empresa disse ter atualizado os documentos sobre o IPO de modo a incluir informações sobre países que experimentaram crescimento mais significativos de MAUs via celulares.

Entretanto, o Facebook também notou que havia visto crescimento em MAUs via celular em países onde o uso de PCs prevalece, como os Estados Unidos, e em países em que PCs não têm tanta popularidade, como o México.

Esse diálogo entre a SEC e empresas é típico no período que antecede grandes IPOs.

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