Em um momento conturbado para a aviação europeia, SAS busca a recuperação judicial para se reerguer (SOPA IMAGES/Getty Images)
A Scandinavian Airlines (SAS), declarou, na manhã desta terça-feira, dia 5, que entrou de forma voluntária em um processo de recuperação judicial.
A decisão foi tomada um dia após mais de mil pilotos da companhia sueca entrarem em greve.
De acordo com a SAS, a greve é muito prejudicial e afeta pelo menos 50% das viagens programadas e um total de 30 mil passageiros diariamente.
Além disso, a greve também contribui com a piora da série de problemas enfrentados pelo mercado da aviação europeia nos últimos meses.
A companhia declarou que irá continuar atendendo, na medida do possível, seus clientes e que os passageiros afetados pelo período conturbado podem recorrer a opções como o reembolso, reagendamento ou rotas alternativas.
O pedido voluntário da SAS à corte de falência dos Estados Unidos foi um movimento estratégico e de acordo com a própria companhia tem como objetivo acelerar o processo de um pacote de melhorias chamado de SAS Forward.
O projeto foi criado para implementar elementos chave para que a Scandinavian Airlines possa se manter influente e competir a longo prazo com outras companhias aéreas.
De acordo com a companhia, já existem discussões em andamento com possíveis credores e que, por hora, podem trazer aproximadamente 700 milhões de dólares (7,5 bilhões em coroas suecas) de investimento para ajudar a companhia a se restabelecer.
O momento atual é complexo para as companhias aéreas na Europa. Após dois anos de menor movimento por conta dos efeitos da pandemia do coronavírus, as companhias enfrentam, neste verão europeu, algumas dificuldades como: baixa demanda de passagens, mão de obra reduzida e insatisfação dos colaboradores restantes. Estas últimas vem gerando greves e protestos por melhores condições de trabalho para as tripulações das aeronaves.