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Santander vê início de 2023 mais favorável para Magalu (MGLU3) e eleva preço-alvo para R$ 4,30

Varejista se beneficiou do enfraquecimento de concorrentes, segundo o banco, que elevou em mais de 50% sua projeção de preço para a ação em 2024

Magazine Luiza: preço-alvo vai de R$ 2,80 para R$ 4,30 (Germano Lüders/Exame)

Magazine Luiza: preço-alvo vai de R$ 2,80 para R$ 4,30 (Germano Lüders/Exame)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 10 de julho de 2023 às 17h22.

Última atualização em 10 de julho de 2023 às 18h30.

O Magazine Luiza (MGLU3) tem um início favorável em 2023 com enfraquecimento dos concorrentes online e offline, preparando o cenário para uma recuperação no próximo ano, acredita a equipe de analistas do Santander. O banco elevou o preço-alvo de R$ 2,80 para R$ 4,30, de olho na rentabilidade do marketplace, em relatório distribuído nesta segunda-feira, 10. O valor corresponde a um prêmio de 41% ao valor de fechamento do pregão de hoje, a R$ 3,05 — e nem mesmo a revisão do banco foi suficiente para dar ânimo ao papel, que caiu mais de 3%.

Apesar do aumento do preço-alvo, o banco se mantém cauteloso com o ambiente macroeconômico e o momento do mercado de capitais e manteve a recomendação da ação em neutro. "A redução da taxa Selic traz duas preocupações que nos mantêm cautelosos em relação ao caso: a falta de uma melhoria significativa no ambiente do consumidor, resultando em previsão de lucros abaixo do esperado (estimamos ganhos de R$ 275 milhões no final de 2024); e uma avaliação considerada exigente", escrevem os analistas do Santander.

Demanda ainda fraca na linha branca

Apesar do aumento esperado nas receitas provenientes do marketplace do Magalu, a demanda fraca por bens duráveis ainda impacta a lucratividade. Embora a projeção de receita bruta para 2023 tenha sido levemente revisada para cima, o banco estima que os obstáculos fiscais e a recuperação mais lenta do que o esperado nas principais categorias da varejista em suas lojas próprias irão limitar a recuperação da lucratividade em 2023. "No entanto, esperamos uma melhoria significativa na margem Ebitda em 2024-2025, impulsionada pela recuperação dos bens duráveis e pelo crescimento acelerado do marketplace do Magalu, com uma taxa de crescimento anual composta de cerca de 23% entre 2022-2025."

Os lucros continuam sob pressão devido ao tempo necessário para que o ciclo de redução da taxa Selic seja sentido. Com base em resultados recentes e novas estimativas macroeconômicas, a equipe revisou para baixo a projeção de Ebitda para 2023 (para R$ 2,29 bilhões), enquanto manteve as projeções para 2024-2025 praticamente inalteradas devido às perspectivas de margem melhorada. De acordo com o Santander, as altas despesas financeiras líquidas do Magalu, estimadas em média de R$ 1,7 bilhão entre 2023-2025, são o principal obstáculo para a projeção de lucro líquido de R$ 275 milhões em 2024.

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