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Santander vê espaço para ação da Marfrig subir 60%

Para banco, efeitos da peste suína devem continuar impulsionando maior geração de caixa

Em 2019, ações da Marfrig subiram 82,42%, (Paulo Whitaker/Reuters)

Em 2019, ações da Marfrig subiram 82,42%, (Paulo Whitaker/Reuters)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 8 de janeiro de 2020 às 10h32.

Última atualização em 8 de janeiro de 2020 às 10h34.

As ações da Marfrig Global Foods têm potencial de alta de 60% em meio à forte demanda global por carnes, menor oferta de proteína animal e ao momento favorável ao setor de bovinos nos Estados Unidos, de acordo com o Banco Santander.

O banco mudou sua recomendação para a Marfrig de manutenção para compra, elevando o preço alvo em 2020 de R$ 12 para R$ 16. É o maior preço-alvo entre os analistas sell-side acompanhados pela Bloomberg. As ações subiram até 3,6%, para R$ 10,45, nesta terça.

As ações do segundo maior produtor global de carne bovina tiveram queda de cerca de 7% em dezembro, maior recuo mensal em 6 meses e terceiro pior desempenho entre os membros do Ibovespa. O papel foi afetado pela oferta de ações que permitiu a saída do BNDES do capital da empresa.

As perspectivas para a companhia permanecem promissoras com a geração de caixa favorecida pelos efeitos da peste suína africana no mercado global de proteínas, a gradual reabertura do mercado chinês para a carne dos EUA e à ampla oferta de gado nos EUA, de acordo com o analista do Santander Marcel Moraes.

Perspectivas de melhora no nível de alavancagem da empresa também contribuem para o upgrade. A aquisição pela Marfrig de 31% da National Beef no ano passado deve dar à administração da companhia maior flexibilidade para gerenciar o fluxo de caixa, investimentos e dividendos, de acordo com o analista.

“A transação ofereceu aos investidores maior visibilidade na futura alavancagem financeira da companhia, o que antes era uma preocupação chave“, disse o analista em relatório.

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