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Santander vê desaceleração iminente na Weg e rebaixa ações

Recomendação cai de compra para manutenção após resultados fracos no terceiro trimestre

Santander aposta em recuperação dos negócios em 2011, com a ajuda de vendas de equipamentos de energia eólica e biomassa (Germano Luders/Exame)

Santander aposta em recuperação dos negócios em 2011, com a ajuda de vendas de equipamentos de energia eólica e biomassa (Germano Luders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 3 de novembro de 2010 às 13h51.

São Paulo - Os resultados do terceiro trimestre da fabricantes de motores, geradores de energia e sistemas de automação Weg (WEGE3) são a prévia de uma temporada mais comedida nos negócios da companhia em 2011. A opinião é do Santander, que credita a pausa no crescimento ao desempenho fraco do segmento de equipamentos de geração, transmissão e distribuição de energia (GTD), aponta relatório desta quarta-feira (3). O banco ajustou suas expectativas para o papel após os resultados rebaixando sua recomendação de compra para manutenção.

Os analistas Daniel Gewehr, Bruno Giardino e Luis Miranda reduziram também as estimativas para vendas de curto prazo e para a geração de caixa, que deve cair 18% em 2011. “Nossa expectativa de que 2010 não seria um ano estelar foi de longe confirmada no resultado trimestral da companhia. Em nossa visão, o prêmio das ações da Weg já está refletido no preço atual”, justificam.

A boa notícia, diz o Santander, é que o pior já passou. A reserva de negócios para o GTD e outros segmentos é o suficiente para bancar o aumento do  preço-alvo dos papéis, atualizado de 20 para 24,50 reais para dezembro de 2011. A análise também ressalta a performance acima da média do mercado das ações da companhia, valorizadas 20% frente ao Ibovespa desde janeiro.

Negócios segmentados

Na lista de apostas para os pontos fortes da companhia em 2011, ganham destaque do banco os equipamentos para energia eólica, que devem ajudar a diversificar o portfólio da empresa, e as pequenas centrais hidrelétricas e usinas de biomassa. Outra aposta é o aumento da fatia gerada pelo setor de GTD para acima de 30% dos negócios (o desempenho foi de 22% no terceiro trimestre) e a produção de motores domésticos, que deve continuar fortalecida pela ausência de concorrência forte direta.

As expectativas traçadas para a empresa incluem 5 bilhões de reais para vendas líquidas em 2011, 1,054 bilhão de reais em Ebitda, e lucro líquido de 656 milhões de reais. A Weg  é a maior fabricante de motores elétricos e equipamentos relacionados na América Latina, e uma das maiores do mundo, com nove plantas no Brasil e seis fora do país.

 

 

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