Ampla rede bancária do Santander deve contribuir para popularizar os ETFs. (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2011 às 05h08.
São Paulo - A gestora de fundos Black Rock e o Santander fecharam uma parceria para aumentar a liquidez do mercado de ETFs. O banco vai atuar como formador de mercado dos seis ETFs geridos pela Black Rock no Brasil, de forma a reduzir a diferença entre os preços de compra e venda (“spreads”). Os ETFs são fundos de índices com cotas negociadas em Bolsa, compostos por cestas de ações que seguem determinado índice.
O Santander começa a atuar como formador de mercado a partir desta quarta-feira (19), em substituição ao Citibank, que ainda continua como administrador. A parceria também objetiva aumentar a oferta de ETFs por meio da ampla rede bancária do Santander, popularizando o produto entre os investidores pessoas físicas.
Aplicar em ETFs é uma maneira de investir em um fundo passivo - que replica determinado índice - negociando suas cotas em Bolsa como se fossem ações e pagando uma taxa de administração em geral mais barata que aquelas dos fundos passivos oferecidos pelas instituições financeiras. Atualmente, são sete os ETFs negociados no Brasil, seis dos quais geridos pela Black Rock, e suas taxas de administração não ultrapassam 0,69% ao ano.
Embora a negociação de ETFs tenha crescido 53% em 2010, a participação da pessoa física ainda é pequena, em grande parte devido a pouca liquidez. A falta de informação dos investidores também contribui para isso, já que os grandes bancos não costumam incentivar seus clientes a aplicarem nessa modalidade barata de investimento.
Os ETFs mais líquidos são o BOVA11, gerido pela Black Rock, e o PIBB, gerido pelo Itaú Unibanco e atrelado ao IBrX 50. Outros ETFs, como os que seguem o Índice Small Caps, o Imobiliário ou o de Consumo, são menos negociados.