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Santander prevê onda de oferta de ações de US$ 30 bi no Brasil

O Santander espera que os negócios sejam concentrados no primeiro semestre do ano que vem, onde pode haver cerca de 10 IPOs

IPOs: estimativa é que haja ao menos 10 ofertas públicas de ações (Júnior De Vecchi/Divulgação/Divulgação)

IPOs: estimativa é que haja ao menos 10 ofertas públicas de ações (Júnior De Vecchi/Divulgação/Divulgação)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 1 de dezembro de 2018 às 08h20.

Última atualização em 1 de dezembro de 2018 às 08h20.

(Bloomberg) -- Pelo menos 30 ofertas públicas iniciais de ações devem arrecadar cerca de US$ 15 bilhões nos próximos 18 meses no Brasil, enquanto os follow-ons devem chegar a outros US$ 15 bilhões, segundo o Banco Santander Brasil.

“2019 vai ser um ano bem ativo", disse o chefe de Equities do Santander Brasil André Rosenblit. Em 2018, as ofertas de ações foram bastante represadas pelo processo eleitoral. “Basicamente, houve pouquíssimos deals e aqueles que ocorreram, ocorreram fora do país. Esse cenário mudou”, disse Rosenblit em entrevista no escritório do banco em São Paulo.

A mudança de perspectiva para ofertas de ações na maior economia da América Latina ocorreu em meio às expectativas dos investidores de que a gestão do presidente eleito Jair Bolsonaro vai adotar uma agenda favorável ao mercado, com o objetivo de privatizar empresas estatais ineficientes e promover medidas fiscais para endereçar a crescente dívida pública do país, especialmente uma reforma no sistema previdenciário.

O Santander espera que os negócios sejam concentrados no primeiro semestre do ano que vem, onde pode haver cerca de 10 IPOs.

“Historicamente, nos primeiros 6 meses é que governo tem maior flexibilidade, maior negociabilidade. O mercado está se movimentando para deals saírem mais no 1T18", disse Rosenblit.

As ofertas de ações de empresas brasileiras no acumulado deste ano caíram 17,6%, para R$ 31,5 bilhões. Os IPOs mais bem-sucedidos do ano, de PagSeguro Digital Ltd e StoneCo Ltd, foram feitos nos EUA.

De acordo com Rosenblit, a participação dos investidores locais nas transações tende a ser um pouco maior em relação ao passado, uma vez que a indústria local vem crescendo e alguns fundos de ações captaram muito dinheiro este ano, em meio a um maior apetite por risco. "Esperamos boa demanda dos investidores locais", disse ele.

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