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Santander corta recomendação e derruba preço-alvo da Marfrig

Banco prevê custos maiores e geração de caixa mais modesta em 2011

Prevendo margens pressionadas, Santander rebaixou a recomendação para as ações da Marfrig de compra para manutenção  (Cláudio Rossi/EXAME.com)

Prevendo margens pressionadas, Santander rebaixou a recomendação para as ações da Marfrig de compra para manutenção (Cláudio Rossi/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2010 às 13h26.

São Paulo – Após avaliar os resultados apresentados pela Marfrig (MRFG3) no terceiro trimestre, o Santander rebaixou a recomendação para as ações da companhia de compra para manutenção. O preço-alvo para o final de 2011 foi fixado em 16 reais, ante os 25 reais por ação projetados para o final deste ano.

“Diminuímos nossas expectativas para o curto prazo. Em linhas gerais, os números do terceiro trimestre se mostraram inferiores às nossas estimativas”, avalia o relatório. Para 2010, o banco prevê que o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcance 1,1 bilhão de reais, valor abaixo da projeção inicial (1,4 bilhão de reais) e da margem prevista pela própria Marfrig (1,4 milhão de reais e 1,8 milhão de reais).

Em relação à 2011, os números projetados pelo analista também ficaram mais modestos. “Em um cenário com o preço dos grãos relativamente estáveis, nossa projeção para a geração de caixa seria de 2,1 bilhões de reais. Porém, a disparada na cotação das commodities deve pressionar as margens da companhia no ano que vem e, em nossa avaliação, irá diminuir a geração de caixa em 17%, para 1,7 milhões de reais”, projeta Luis Miranda.

O preço da Keystone Foods

A Marfrig anunciou recentemente a conclusão da compra da americana Keystone Foods. O negócio foi anunciado em 14 de junho deste ano e custou 1,26 bilhão de dólares à empresa brasileira. De acordo com Miranda, os custos com esta transação foram refletidos no bolso de cada acionista, em uma queda de 0,40 centavos de real por ação do frigorífico.

“Além disso, o fluxo de caixa deve ser negativo pelos próximo três anos. Este fato, aliado às pressões da alta dos grãos, fará com que a empresa opere com uma alavancagem superior a 3 vezes até o final de 2013”, finaliza Miranda.

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