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Sanções à Rússia limitam altas nas bolsas europeias

A UE vai restringir a capacidade de bancos estatais russos de se financiarem nos mercados europeus, além de embargar o comércio de armas e exportações militares


	Em Londres, ações da petrolífera BP caíram 2,54% por dúvidas quanto ao impacto das sanções
 (Jason Alden/Bloomberg)

Em Londres, ações da petrolífera BP caíram 2,54% por dúvidas quanto ao impacto das sanções (Jason Alden/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2014 às 15h54.

São Paulo - As bolsas da Europa encerraram o pregão em alta, mas tiveram seus ganhos reduzidos nos últimos minutos de operações, depois que circulou a notícia de que a União Europeia (UE) chegou a um acordo sobre novas sanções à Rússia.

Em reação ao apoio russo aos separatistas na Ucrânia, a UE decidiu impor penalidades aos setores financeiro, de armamentos, equipamentos militares e máquinas para produção de petróleo, segundo fontes diplomáticas.

A UE vai restringir a capacidade de bancos estatais russos de se financiarem nos mercados europeus, além de embargar o comércio de armas e as exportações militares. A tecnologia usada em exploração não convencional de petróleo também será afetada.

Na bolsa de Londres, as ações da petrolífera BP caíram 2,54% diante das dúvidas quanto ao impacto das sanções sobre seus negócios. Apesar disso, o índice FTSE 100 avançou 0,29%, para 6.807,75 pontos, na primeira alta em três sessões.

Os ganhos foram impulsionados pelos papéis da GKN, que subiram 6,67% depois que a fabricante de autopeças reportou aumento nos seus lucros no primeiro semestre.

As ações da Next também contribuíram para o avanço da bolsa britânica, ao subirem 2,61% com a informação de que a rede de vestuário aumentou suas vendas no primeiro semestre e elevou suas projeções de ganhos no ano.

Os balanços deram suporte também ao mercado acionário alemão. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,58%, para 9.653,63 pontos, com as ações da Linde se valorizando 1,46% e as do Deutsche Bank avançando 0,13% em resposta aos resultados obtidos no segundo trimestre.

"As empresas estão relatando melhores ganhos e os países estão se estabilizando e retornando ao crescimento, mas há tensões geopolíticas e incertezas quanto ao futuro das taxas de juros", comenta o operador da Capital Spreads, William Nichols.

Na bolsa de Moscou, o índice Micex subiu 0,6%, para 1.369,83 pontos, ao fechar pouco antes do anúncio das sanções.

Já em Paris, o CAC-40 avançou 0,48%, para 4.365,58 pontos, puxado pelas ações da Orange, que tiveram alta de 1,82% após a companhia informar melhora em suas operações. Já os papéis da Renault caíram 4,33% diante da queda de 3% na receita da montadora no primeiro semestre.

Em Madri, o Ibex-35 teve elevação de 0,20%, para 10.901,20 pontos, e o FTSE-MIB, da bolsa de Milão, ganhou 0,70%, fechando aos 21.085,12 pontos.

Na contramão do mercado, o PSI-20, da bolsa de Lisboa, caiu 1,29%, para 6.384,73 pontos, levado pela queda de 10,60% nas ações do Banco Espírito Santo, depois que a instituição informou que a reunião com acionistas prevista para 31 de julho foi cancelada.

Com informações da Dow Jones Newswires

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