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Safra vê potencial para ação da PDG quase dobrar

Analistas veem a recente queda dos papéis do setor como exagerada

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2011 às 11h42.

São Paulo – A equipe de pesquisa do Banco Safra vê como positivos os fundamentos da PDG (PDGR3) e de todo o setor de construção no Brasil. Em relatório, os analistas Paulo Renelli Neto e Matheus Corradi estimaram que as ações da empresa têm potencial para quase dobrar de valor até o final do próximo ano.

O banco considera que a correção recente no preço dos papéis da PDG foi “exagerada”. Em sete dias, as ações caíram 2,8%, enquanto nos últimos 30 dias a perda totaliza 21,7% e, no ano, o recuo já é de 38,6%. O IMOB, índice que acompanha os papéis do setor imobiliário, registra queda de 30,5%.

Confiantes, os analistas têm um preço-alvo de 12,30 reais para as ações ordinárias da PDG até o final de 2012, o que representa um potencial de valorização de 93,09% frente à cotação de 6,37 reais vista no fechamento do último pregão. A recomendação é de desempenho acima da média do mercado (outperform).

Após encontro com executivos da companhia, o Safra reconhece que os sinais de desaquecimento na demanda ainda não foram observados. Os cancelamentos de vendas ainda estão em linha com o observado em períodos anteriores.

“A expectativa é de que o ritmo da demanda deve permanecer estável enquanto a taxa de desemprego continue nos baixos níveis atuais”, disseram Neto e Corradi.


Os analistas comentaram os esforços da companhia na transferência de clientes para os bancos, principalmente para acelerar o retorno de capital de projetos realizados em 2007 e 2008. Por conta disso, a companhia espera reduzir significativamente a queima de caixa no segundo semestre de 2011, passando a gerar caixa em 2012.

Tendências

O Safra disse que a PDG não espera por uma apreciação nos preços dos imóveis, mas também não estima qualquer queda. Neto e Corradi veem que os negócios de urbanização da companhia devem ser a grande aposta de desenvolvimento. Nesse negócio, a PDG cria a infraestrutura de uma área extensa e depois a separa em lotes e as vende.

A vantagem, explica o Safra, é que os empreendimentos têm margens mais elevadas e precisam de menores desembolsos porque normalmente os terrenos são comprados com acordos de troca. Além disso, as vendas costumam ser boas, apesar de exigir um período maior para receber as licenças para as construções.

“Ademais, o negócio de urbanização deve alimentar o braço de desenvolvimento da PDG, pois a companhia pode reter alguns blocos do terreno para criar centros comerciais e prédios residenciais após a área ser povoada”, ressaltam.

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