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Sabesp tem potencial de retorno negativo na bolsa, afirma banco

Itaú BBA eleva preço-alvo para os papéis, mas horizonte continua desfavorável

Novo preço-alvo foi elevado de 41 reais pra 45 reais e representa um potencial de queda de 4,98% frente às cotações atuais (Marlene Bergamo)

Novo preço-alvo foi elevado de 41 reais pra 45 reais e representa um potencial de queda de 4,98% frente às cotações atuais (Marlene Bergamo)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2011 às 14h36.

São Paulo – Após o anúncio da metodologia e da taxa que será aplicada à revisão tarifária da Sabesp (SBSP3) a partir de setembro de 2012, o Banco Itaú BBA optou por elevar nesta quinta-feira (19) o preço-alvo das ações da companhia.

Em relatório, os analistas Marcos Severine, Mariana Coelho e Marcel Shiomi elevaram o preço-alvo de 41 reais para 45 reais até dezembro de 2011. O valor representa um potencial de baixa de 4,98% frente à cotação de 47,36 reais registrada no fechamento do pregão de ontem (18).

A revisão do Itaú BBA ocorre após a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) ter definido a metodologia e o cálculo da taxa do custo médio ponderado do capital (WACC, na sigla em inglês) a ser aplicada no processo de revisão tarifária da Sabesp.

O WACC foi fixado em 8,06% em termos reais, ficando ligeiramente acima dos 7,75% estimado pelos analistas. A taxa tem como data de referência o mês de fevereiro deste ano, mas entra em vigor apenas em setembro de 2012.

“A primeira revisão de tarifas para a Sabesp será positiva para a companhia a partir de 2012, já que um conjunto de novas regras será lançado para a empresa. Além disso, o mercado poderá ver de que forma a Arsesp lida com a regulação”, afirmaram os analistas.

Ao incorporar o WACC de 8,06%, o Itaú BBA considera um aumento de até 19,1% nas tarifas da Sabesp. A cifra é superior frente aos 16,6% estimados anteriormente por Severine, Mariana e Shiomi.

Apesar do aumento nas estimativas, os analistas alertam que o governo do Estado de São Paulo não deverá repassar esta alta porcentagem aos consumidores, o que se torna um risco para a companhia, principalmente porque a taxa pode ser reduzida.

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