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S&P mantém rating da China, com perspectiva estável

A nota foi mantida em AA-


	Notas de iuane: a perspectiva é estável
 (Wikimedia Commons/EXAME.com)

Notas de iuane: a perspectiva é estável (Wikimedia Commons/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2014 às 06h26.

São Paulo - A Standard & Poor's manteve o rating de longo prazo da China em AA-, com perspectiva estável.

"A perspectiva estável reflete nossa expectativa de que reformas em direção a uma economia mais direcionada ao mercado e uma melhora na governança podem ajudar a China a manter um robusto crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto limita o crescimento do crédito nos próximos dois a três anos", explicou.

Em comunicado, a agência destacou a forte posição externa líquida e um perfil fiscal relativamente saudável, compensando fatores negativos como a transparência limitada, baixo nível de prosperidade, passivos contingentes moderados e o envolvimento do governo nas atividades econômicas.

A S&P espera que a China gradualmente se torne uma economia direcionada pelo mercado e com uma melhora na governança, como delineado pelo governo central em novembro do ano passado.

Essa mudança, diz a S&P, seria caracterizada por uma abordagem mais eficiente para evitar e julgar a corrupção e pela melhora na transparência e na regulação.

Se a China fizer um progresso significativo nessas áreas, a agência de classificação de risco espera uma performance econômica robusta entre 2014 e 2017, prevendo um PIB real per capita médio de 6,6% entre 2014 e 2017.

No entanto, esse crescimento somente será saudável para o rating se vier acompanhado de reformas em vez de rápida expansão do crédito, alertou.

"O contínuo crescimento acelerado do crédito aumentaria o risco de uma forte contração no sistema financeiro, parcialmente através da acomodação de investimentos ineficientes", alertou a S&P. Com 45% do PIB direcionado a investimentos, a agência considera esse nível insustentável.

"Em nossa visão, a inevitável recalibração em direção a um modelo de crescimento com maior dependência do consumo privado será desafiador para o gerenciamento macroeconômico", disse.

A agência alertou que há significativos desafios para a formulação e implementação de políticas, devido, em partes, pela transparência limitada e falta de informações relevantes.

A S&P citou, em particular, dados insuficientes no mercado imobiliário e de distribuição de renda.

Se a transparência não melhorar consideravelmente, o lobby dos empresários por tratamento preferencial do governo pode continuar elevado, já que Pequim está amplamente envolvido nas atividades econômicas, contribuindo para a má alocação de recursos, disse a agência.

Já a posição fiscal deve continuar saudável durante o período projetado pela S&P. A dívida geral do governo deve aumentar a uma média de 2% do PIB a cada ano entre 2014 e 2017, enquanto a dívida líquida do governo geral deve subir para 18% em 2017, de 15% em 2014.

"No entanto, nós acreditamos que a posição fiscal implícita da China é mais fraca do que esses indicadores sugerem."

Quanto à política monetária, a S&P a avalia como eficiente, refletida na baixa inflação para uma economia emergente. A inflação deve desacelerar para menos de 3% anualmente entre 2014 e 2017, complementou.

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