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É difícil Brasil voltar a BBB sem melhora da dívida, diz S&P

Nota soberana do País é BBB-, com perspectiva estável


	Sede da Standard & Poor's (S&P): nota soberana do Brasil é BBB-, com perspectiva estável
 (Scott Eells/Bloomberg)

Sede da Standard & Poor's (S&P): nota soberana do Brasil é BBB-, com perspectiva estável (Scott Eells/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2014 às 18h19.

São Paulo - A presidente para o Cone Sul da Standard & Poor's (S&P), Regina Nunes, afirmou nesta terça-feira, 21, que "é difícil o Brasil voltar a ser BBB sem melhora real da dinâmica da dívida pública." A nota soberana do País é BBB-, com perspectiva estável.

Regina acredita que as equipes econômicas dos dois candidatos ao Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB), estão cientes de que a gestão da política econômica vai atuar com o foco em buscar a estabilidade da dívida pública em relação ao PIB, fazer a inflação convergir à meta de 4,5% e elevar o patamar de crescimento do País.

"Com tudo isso, é possível ver que os investimentos de longo prazo vão avançar", destacou. "É necessário atuar para a expansão dos projetos de infraestrutura em diversas áreas, como portos, aeroportos, rodovias e energia", disse.

Perguntada pelo Broadcast, serviço de notícia em tempo real da Agência Estado, se a perspectiva do País poderia se tornar positiva, caso essas condições favoráveis sejam registradas ao final de 2015, ela afirmou que sim.

"Pode. Isso pode ocorrer em 4 ou 5 meses, não há um prazo definido. Mas é difícil", apontou.

Regina Nunes destacou que, independentemente de quem for o candidato vitorioso, o que será observado são os ajustes da economia. "Não avaliamos o rating de um país em função dos mercados. Temos nossas análises permanentes que embasam este trabalho", comentou.

Ela destacou que compete também aos parlamentares no Congresso auxiliar o próximo governo na implementação de reformas macroeconômicas relevantes, como a tributária.

"A simplificação de impostos vai desonerar os custos das empresas ao lidar com tributos, que são muitos altos", disse. Regina fez os comentários depois de participar de evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri).

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