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S&P corta rating da França para AA, de AA+

A S&P disse que as reformas tributárias e para os mercados de trabalho dificilmente aumentarão substancialmente as projeções de crescimento no médio prazo


	O presidente da França, François Hollande: a S&P também alertou para a inabilidade do governo para reduzir significativamente os gastos totais do governo
 (Pascal Pochard-Casabianca/Pool/Reuters)

O presidente da França, François Hollande: a S&P também alertou para a inabilidade do governo para reduzir significativamente os gastos totais do governo (Pascal Pochard-Casabianca/Pool/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 06h31.

São Paulo - A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou o rating da França para AA, de AA+. A perspectiva é estável.

A S&P disse que as reformas tributárias do governo francês, bem como para os mercados de trabalho, de produtos e de serviços, dificilmente aumentarão substancialmente as projeções de crescimento no médio prazo.

"Além do mais, nós vemos a flexibilidade fiscal da França limitada por sucessivas medidas do governo para aumentar os já elevados níveis tributários." A S&P também alertou para a inabilidade do governo para reduzir significativamente os gastos totais do governo.

O alto desemprego também está enfraquecendo o apoio para medidas fiscais e estruturais significativas, disse a agência. Segundo comunicado publicado pela S&P, as medidas que o governo implantou desde a última afirmação de rating, em novembro de 2012, não reduziram significativamente o risco da taxa de desemprego permanecer acima de 10% até 2016.

"Em nossa visão, os atuais níveis de desemprego estão enfraquecendo o apoio para mais medidas fiscais e reformas microeconômicas, e estão deprimindo as perspectivas de crescimento de longo prazo", afirmou a agência, que prevê um crescimento real próximo a zero neste ano, seguido por uma recuperação cíclica para uma média próxima a 1% entre 2014 e 2015.

A perspectiva estável sugere uma probabilidade de alteração no rating da França em menos de uma em três no prazo de dois anos. O cenário estável reflete a expectativa de que o governo está comprometido em limitar a dívida líquida do governo geral, que deve atingir o pico de 86% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015, disse a S&P.

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