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Rumores de Haddad na Fazenda, eleição nos EUA, balanços do 3º tri e o que mais move o mercado

Mercado segue à espera de confirmação de nome para a pasta; bolsa teve pior desempenho em duas semanas em reação à suposta escolha de Haddad

Fernando Haddad: ex-prefeito de São Paulo é cotado para a Fazenda (Patricia Monteiro/Bloomberg/Bloomberg)

Fernando Haddad: ex-prefeito de São Paulo é cotado para a Fazenda (Patricia Monteiro/Bloomberg/Bloomberg)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 8 de novembro de 2022 às 07h33.

Última atualização em 8 de novembro de 2022 às 08h11.

A bolsa brasileira chega para o pregão desta terça-feira, 8, após ter registrado sua maior queda em duas semanas em meio a rumores de que ex-prefeito Fernando Haddad poderá ser escolhido como ministro da Fazenda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o jornal O Globo, seu nome tem sido pressionado por petistas, que esperam pelo fortalecimento de Haddad na pasta para uma eventual disputa pela presidência em 2026.

"Haddad não, Lula"

Para o mercado, no entanto, Haddad seria uma das piores escolhas possíveis para assumir o Ministério por não ser um nome técnico e, especialmente, por ser mais aliado à esquerda, o que alimenta as preocupações de investidores sobre a sustentabilidade fiscal durante o governo Lula. Ainda que permaneça um mistério quem irá assumir a Fazenda, somente os rumores envolvendo o ex-prefeito de São Paulo fizeram a bolsa cair mais de 2% na véspera e o dólar saltar em mais de 10 centavos para acima de R$ 5,17.

O mercado não quer Haddad -- e Lula sabe disso. De acordo com reportagem de Lauro Jardim desta madrugada, o presidente eleito deve buscar um meio termo para evitar uma crise de credibilidade antes mesmo do início do mandato:  Haddad pode ir para Fazenda, mas para o Planejamento a preferência da cúpula petista é por um nome totalmente alinhado com o mercado. Ainda segundo o colunista, especula-se o nome de Armínio Fraga.

Embora o grande sonho da Faria Lima fosse Henrique Meirelles na Fazenda, a eventual escolha de um nome político já era razoavelmente esperada, dada as declarações de Lula ainda durante a campanha. Caso Haddad seja confirmado, deve ser maior o peso das escolhas dos secretários da pasta.

Apesar dos pesares, ainda há uma boa lembrança no mercado do primeiro mandato de Lula, quando o médico petista Antônio Palocci foi nomeado para comandar a Fazenda, mas com nomes técnicos abaixo dele. Sem uma definição clara sobre quem estará à frente da economia do país, é provável que investidores mantenham-se em compasso de espera.

Leia mais: Governo eleito deve divulgar novos nomes da equipe de transição nesta terça

Eleições nos EUA

O cenário político também tem tomado as discussões no mercado internacional, onde investidores aguardam o resultado das eleições de meio de mandato dos Estados Unidos, que será realizada nesta terça. A perspectiva é de que os Republicanos, o partido de oposição e do ex-presidente Donald Trump, consiga a maioria na Câmara dos Representantes e possivelmente no Senado.

Embora possa representar uma ameaça aos planos do governo Joe Biden, a possibilidade de um governo dividido tem agradado investidores, já que representaria menor chance de grandes mudanças -- e, consequentemente, de incertezas. Índices de Wall Street, que fecharam em firme alta na véspera, voltam a subir no mercado de futuros desta manhã.

Leia mais: Pesquisas indicam Partido Republicano com vantagem em eleição legislativa nos EUA

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Desempenho dos indicadores às 7h30 (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): + 0,13%
  • S&P 500 futuro (Nova York): + 0,15%
  • Nasdaq futuro (Nova York): + 0,38%
  • DAX (Frankfurt): + 0,23%
  • CAC 40 (Paris): - 0,19%
  • FTSE 100 (Londres): - 0,14%
  • Stoxx 600 (Europa): + 0,31%
  • Hang Seng (Hong Kong): - 0,23%

Balanços do dia

Além dos ventos políticos, investidores seguem atentos aos balanços corporativos do terceiro trimestre. A agenda de divulgações desta terça será mais uma vez recheada. Entre os resultados mais aguardados do dia estão os do Bradesco (BBDC4), 3R (RRRP3), Arezzo (ARZZ3), Braskem (BRKM5), C&A (CEAB3), XP (XPBR31), Cury (CURY3), CVC (CVCB3), Engie Brasil (ENBR3), Inter (INBR31), Méliuz (CASH3), Taurus (TASA3) e Totvs (TOTS3). Todos esses estão previstos para após o encerramento do pregão.

Reação aos resultados do 3º tri com BTG, Movida e mais

Quem já divulgou resultado nesta manhã foi o BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da Exame). O lucro líquido ajustado do banco no período foi de R$ 2,3 bilhões, 28% acima do terceiro trimestre do ano passado. Já a receita líquida saltou 24% para R$ 4,8 bilhões, estabelecendo um novo recorde para a companhia.

Investidores também devem reagir nesta terça aos balanços divulgados na última noite. Entre eles, estiveram os da Ambipar (AMBP3), EcoRodovias (ECOR3), GetNinjas (NINJ3), Soma (SOMA3), Movida (MOVI3) e Tupy (TUPY3), Direcional (DIRR3) e TIM (TIMS3).

Leia mais: BTG Pactual: mais recordes para a conta, com lucro de R$ 2,3 bi no terceiro trimestre
Leia mais: Lucro da Movida cai 64% no 3º trimestre, mesmo com diária recorde

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