Carro autônomo da Lyft: companhia pretende levantar 2 bilhões de dólares em sua abertura de capital (Lyft/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2019 às 06h53.
Última atualização em 18 de março de 2019 às 09h18.
A segunda maior empresa de carros compartilhados dos Estados Unidos, a Lyft, começa nesta segunda-feira, 18, sua rodada de negociações com investidores, mirando uma abertura de capital no fim do mês. A empresa pretende vender suas ações na bolsa Nasdaq, a segunda maior do mundo, atrás da Bolsa de Nova York, segundo a agência Bloomberg. A Lyft, que não atua no Brasil, pretende levantar 2 bilhões de dólares e atingir uma avaliação entre 20 e 25 bilhões de dólares.
A empresa anunciou em dezembro que tinha protocolado seu pedido de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês). Mas o processo foi adiado por ter coincidido com a paralisação de 35 dias do governo americano, que atrasou o trabalho dos órgãos reguladores. Agora, a empresa quer acelerar e aproveitar uma janela de mercado antes de uma desaceleração do mercado americano dada como certa por economistas.
O principal trunfo da empresa não está nos números financeiros. A Lyft faturou cerca de 2,2 bilhões de dólares em 2018, e teve prejuízo de 1 bilhão de dólares, sobretudo por dar descontos para atrair passageiros na competição com seu principal concorrente, a Uber. Mas os maiores atrativos da Lyft estão no futuro.
A empresa lançou em janeiro de 2018 seu serviço de carros autônomos, que concorre com a própria Uber e com companhias como o Google e uma série de montadoras mundo afora. O projeto ainda é experimental, mas nos primeiros oito meses completou 5 mil corridas. Outra oportunidade está no investimento em novos modais de transporte, como patinetes, bicicletas elétricos e o que vier pela frente.
Oportunidades, portanto não faltam. Competição, também não. Assim como a Lyft, a Uber também pretende fazer IPO nas próximas semanas. A meta é conseguir avaliação de 120 bilhões de dólares. Assim como nas ruas, as concorrentes também monitoram uma o passo da outra em Wall Street.