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Ritmo de fuga de emergentes cai mas continua, diz RBS

Na semana encerrada em 10 de julho, investidores estrangeiros sacaram US$ 3,5 bilhões de fundos em mercados emergentes


	Em meio à reorganização das carteiras diante das perspectivas de mudança na política monetária nos Estados Unidos, a saída afeta a renda fixa e a renda variável
 (REUTERS/Neil Hall)

Em meio à reorganização das carteiras diante das perspectivas de mudança na política monetária nos Estados Unidos, a saída afeta a renda fixa e a renda variável (REUTERS/Neil Hall)

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Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2013 às 15h01.

Londres - A fuga dos mercados emergentes continua. Na semana encerrada em 10 de julho, investidores estrangeiros sacaram US$ 3,5 bilhões de fundos em mercados emergentes.

Em meio à reorganização das carteiras diante das perspectivas de mudança na política monetária nos Estados Unidos, a saída afeta a renda fixa e a renda variável.

Nos fundos de renda fixa, por exemplo, foi registrada a sétima semana seguida de saída de recursos. O ritmo, porém, é menos intenso que o visto no mês passado. No fim de junho, a sangria chegou a somar mais de US$ 11 bilhões em apenas uma semana.

Pesquisa semanal "Emerging Markets Flow Monitor" realizada pelo banco Royal Bank of Scotland (RBS) com dados da consultoria EPFR Global mostra que estrangeiros sacaram US$ 1,3 bilhão de fundos de renda fixa em mercados emergentes na semana encerrada no dia 10 de julho.

O período pesquisado vai exatamente até a quarta-feira, dia em que o Federal Reserve surpreendeu o mercado ao sinalizar que ainda não há certeza sobre quando acontecerá a retirada dos estímulos à economia norte-americana.

Segundo o levantamento, foram sacados US$ 702 milhões em fundos de renda fixa em moedas locais - carteiras que compram títulos de dívida de países emergentes emitidos em moedas nacionais, como o real ou o yuan. Proporcionalmente, isso representa queda de 0,65% no total de ativos.


Houve também retirada de US$ 549 milhões de carteiras de renda fixa em moedas de economias maduras - fundos que têm títulos emergentes, mas emitidos em divisas como o dólar ou euro. Nesse caso, o número representa queda de 0,54% no estoque de ativos. Houve, ainda, saque de pouco menos de US$ 100 milhões em carteiras de renda fixa que usam cesta de moedas.

"Foram registradas saídas da renda fixa emergente pela sétima semana consecutiva. O movimento foi liderado pelos fundos em moeda local, que apresentaram resultado pior que as carteiras em moedas desenvolvidas pela primeira vez em 13 semanas.

Apesar disso, notamos que a saída ao longo das últimas duas semanas em renda fixa não foi tão significativa quanto à registrada em junho", dizem os analistas do RBS, Mohammed Kazmi e Tatiana Orlova, responsáveis pelo levantamento.

O estudo mostra ainda que as carteiras de ações também sofreram e registraram saques de US$ 2,2 bilhões na semana até 10 de julho. O valor representa queda de 0,29% no total recursos de estrangeiros nesses ativos. Na semana anterior - encerrada em 3 de julho, carteiras de renda fixa registraram ingresso de US$ 640 milhões.

O desempenho positivo foi considerado "raro" pelos analistas do RBS que afirmam que a saída de recursos vista no levantamento divulgado hoje mostra o retorno à normalidade nessa classe de ativos.

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