Mercados

Rio planeja lançar títulos para financiar copa e olimpíadas

Segundo o Financial Times, prefeitura do Rio planeja pedir a presidente Dilma Rousseff permissão para lançar uma oferta de 500 milhões em títulos municipais

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro: títulos dependem da aprovação de Dilma (Agência Brasil)

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro: títulos dependem da aprovação de Dilma (Agência Brasil)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 26 de janeiro de 2011 às 07h32.

São Paulo - Para ajudar a financiar os jogos olímpicos de 2016, o Rio de Janeiro não pretende contar apenas com o auxílio do poder público e das empresas privadas. Mas de investidores do mercado financeiro - sobretudo estrangeiros.

A prefeitura do Rio planeja pedir ao governo federal permissão para lançar “fundos olímpicos”. A informação foi divulgada em reportagem publicada nesta quarta-feira no Financial Times, um dos jornais mais importantes na área de economia e negócios do mundo.

Segundo a publicação, Eduardo Paes, prefeito do Rio, planeja pedir a presidente Dilma Rousseff, em fevereiro, a permissão para lançar uma oferta de 500 milhões em títulos. De acordo com o Financial Times, o Rio precisa de 36 bilhões de dólares em investimentos para prepara-se para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas de 2016.

“Isso poderá ser a primeira oferta municipal em mais de uma década”, lembra o jornal. Títulos municipais foram banidos do Brasil nos anos 90, como uma das formas para estabilizar a economia, que vivia um inflação galopante, com um alto nível de dívidas.

Para o Financial Times, se forem lançados, os “títulos olímpicos” podem ser bem recebidos por “investidores internacionais, que estão famintos por novos papéis dos mercados emergentes”.

Críticas

O jornal britânico também não perdeu a oportunidade para criticar a infraestrutura brasileira. Segundo a reportagem, o Rio de Janeiro enfrenta “enormes desafios” para preparar-se para a Copa de 2014 e para as Olimpíadas de 2016. 

O jornal diz também que o Rio ganhou o direito de sediar os jogos olímpicos, depois de um “incansável lobby internacional” do ex-presidente Lula, que afirmou que o “Brasil não era mais um país de ‘segunda classe’”. 

Para o jornal, o governo federal, estadual e a prefeitura precisam melhorar a infraestrutura desgastada, a fim de garantir que os jogos vão expor de maneira positiva o Brasil. Ou, como dizem os ingleses, “em uma boa luz”. 
 

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasCopa do MundoEsportesFutebolMercado financeiroMetrópoles globaisOlimpíadasRio de JaneiroTítulos públicos

Mais de Mercados

Mercedes-Benz reduz previsão de lucro e ações chegam a cair 7%

Decisão de juros na Ásia, novo CEO da Nike e relatório bimestral de despesas: o que move o mercado

Mercado intensifica aposta em alta de 50 pontos-base na próxima reunião do Copom

Ação da Agrogalaxy desaba 25% após pedido de RJ e vale menos de um real