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Rio Bravo prevê 18 meses de incertezas para a Bovespa

Segundo gestora, cenário econômico fraco farpa as empresas listadas terem dificuldades para entregar bons resultados pelo menos até o fim de 2014


	Tempo ruim para a Bovespa: segundo  sócio-fundador da gestora, o momento para o investidor é de buscar proteção em vez de crescimento
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Tempo ruim para a Bovespa: segundo  sócio-fundador da gestora, o momento para o investidor é de buscar proteção em vez de crescimento (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 15h04.

São Paulo - O cenário econômico fraco do país, incluindo altos custos de mão de obra e ineficiência logística, fará as empresas listadas em bolsa terem dificuldades para entregar bons resultados pelo menos até o fim de 2014, segundo o sócio-fundador e diretor de Investimentos da gestora de recursos Rio Bravo, Paulo Bilyk.

"Teremos uns bons 18 meses de incerteza e volatilidade pela frente", afirmou Bilyk, em entrevista no chat Trading Brazil da Thomson Reuters nesta terça-feira, acrescentando que o momento para o investidor é de buscar proteção em vez de crescimento e pensar em companhias com modelos de negócios mais protegidos, em setores como infraestrutura, serviços e educação.

Ele disse não estar otimista sobre a capacidade e vontade do atual governo em tomar medidas para reverter o atual cenário.

"Por mais que eles talvez até entendam o diagnóstico, há uma eleição no horizonte. O mercado precisará aguardar os resultados de debates e consensos que surgirão a partir de 2014." Bilyk afirmou que a bolsa brasileira não tem um universo evidente de ações baratas neste momento. "Parece paradoxal, mas reflete o ambiente estagflacionado." A Rio Bravo vê uma ambiente econômico no segundo semestre parecido com o primeiro, com crescimento um pouco abaixo do potencial, em que a indústria e o investimentos se recuperam menos do que se estimava no começo do ano e o consumo também cresce menos. "Só de não piorar já será uma vitória", afirmou.

Bilyk recomendou atenção para o comportamento do crédito em paralelo ao emprego. "O ambiente nessa frente não é positivo...

Os bancos privados estão bastante ligados nesse ponto e bastante retraídos - talvez mais em antecipação a essa realidade do que por eventos do passado", argumentou.

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