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Rio Bravo levantará até R$ 400 mi em fundo para Nordeste

A gestora de ativos tem como alvo empresas de bens de consumo duráveis, varejo especializado, saúde e serviços e indústrias relacionadas com infraestrutura


	Os fundos de private equity estão buscando ativos no Nordeste por causa do maior crescimento da região comparado a São Paulo e Rio de Janeiro
 (Wikimedia Commons)

Os fundos de private equity estão buscando ativos no Nordeste por causa do maior crescimento da região comparado a São Paulo e Rio de Janeiro (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 15h04.

São Paulo - A Rio Bravo Investimentos, gestora de ativos criada pelo ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco, quer levantar até R$ 400 milhões em um fundo para investir em empresas no Nordeste.

“Nós estamos procurando empresas médias com forte velocidade de crescimento”, disse Paulo Bilyk, diretor de investimentos da Rio Bravo, que administra uma carteira de R$ 10 bilhões em ativos, em uma entrevista em São Paulo. “O mercado onde a gente encontrou isso, com volume e qualidade maior e uma relação de valor interessante para a gente, foi no Nordeste.”

Os fundos de private equity estão buscando ativos no Nordeste por causa do maior crescimento da região comparado a São Paulo e Rio de Janeiro.

A Kinea, butique de gestão de ativos e private equity do Itaú Unibanco Holding SA, a Darby Overseas Investments Ltd., a Vinci Partners Investimentos Ltda. e a Graycliff Partners LP estão entre as empresas que compraram ativos na região.

No ano passado, a Kinea acertou a compra de uma fatia no Grupo Delfin, que opera uma rede de laboratórios de análises clínicas na Bahia e Rio Grande do Norte.

Em setembro, a Darby comprou um pedaço da Dall, que fornece alimentação para plataformas de petróleo em seis estados nordestinos. A Vinci e a Graycliff também fecharam negócios na região no ano passado.


A Rio Bravo, que já tem outros dois fundos dedicados ao Nordeste, vai investir em empresas com uma receita entre R$ 80 milhões e R$ 300 milhões, disse Luiz Borges de Medeiros Neto, gestor de private equity, em uma entrevista por telefone de Recife.

A Rio Bravo tem como alvo empresas de bens de consumo duráveis, varejo especializado, saúde e serviços e indústrias relacionadas com infraestrutura, ele disse.

A participação do Nordeste no Produto Interno Bruto subiu de 13 por cento em 2002 para 13,5 por cento em 2010, segundo os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Já São Paulo teve uma queda de 34,6 por cento em 2002 para 33,1 por cento em 2010, enquanto que a participação do Rio caiu 0,8 ponto percentual para 10,8 por cento em 2010.

O novo fundo da Rio Bravo vai ser administrado por seu escritório em Recife, onde a gestora tem quatro funcionários.

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