Mercados

Ri Happy desiste de IPO, dizem jornais

Varejista de brinquedos suspendeu sua oferta inicial de ações, que seria precificada ainda nesta semana

Ri Happy: inicialmente, a expectativa era movimentar 800 milhões de reais com a venda das ações (Nacho Doce/Reuters)

Ri Happy: inicialmente, a expectativa era movimentar 800 milhões de reais com a venda das ações (Nacho Doce/Reuters)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 26 de março de 2018 às 11h02.

Última atualização em 26 de março de 2018 às 11h20.

São Paulo -- A varejista de brinquedos Ri Happy suspendeu sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), que seria precificada ainda nesta semana.

De acordo com a Coluna do Broadcast, do jornal O Estado de S.Paulo, a decisão foi tomada devido à volatilidade do mercado registrada na semana passada. Também contribuiu para a mudança de planos a notícia sobre o encerramento das atividades da empresa norte-americana Toys 'R' Us, que é líder mundial do setor.

Segundo o jornal Valor Econômico, a demanda pelos papéis da brasileira era fraca. Os investidores, diz o jornal, estavam dispostos a pagar 15% menos que o piso do preço proposto, que era de 20,30 reais.

Inicialmente, a expectativa da Ri Happy era movimentar 800 milhões de reais com a venda de seus papéis na Bolsa. O plano, segundo o prospecto preliminar, era usar os recursos da operação para ampliar sua rede de 259 lojas e financiar aquisições.

A companhia pretendia comprar varejistas especializados focados em produtos para bebês e crianças, que estão menos expostos a sazonalidades que o setor de brinquedos.

Procurada, a Ri Happy não comentou.

Segunda vez

A Ri Happy é a segunda empresa que desiste do IPO na bolsa brasileira desde o começo de 2018. No mês passado, a farmacêutica Blau, dona da marca Preserv, interrompeu o processo após não conseguir demanda suficiente no mercado. Os investidores também se incomodaram com o fato de a empresa ser muito dependente de contratos com o setor público.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3BrinquedosIPOsRi Happy

Mais de Mercados

Escândalo de suborno nos EUA custa R$ 116 bilhões ao conglomerado Adani

Dividendos bilionários da Petrobras, pacote fiscal e cenário externo: assuntos que movem o mercado

Ação da Netflix tem potencial de subir até 13% com eventos ao vivo, diz BofA

BTG vê "ventos favoráveis" e volta recomendar compra da Klabin; ações sobem