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Reunião do CMN, ata do Copom e o que mais irá mover o mercado nesta semana

Presidente do BC é ministros da Fazenda e Planejamento se reúnem para discutir possibilidade de mudança de meta de inflação

Ministra do Planejamento,  Simone Tebet, e ministro da Fazenda, Fernando Haddad (EDU ANDRADE/Ascom/MF/Flickr)

Ministra do Planejamento, Simone Tebet, e ministro da Fazenda, Fernando Haddad (EDU ANDRADE/Ascom/MF/Flickr)

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Agência de notícias

Publicado em 25 de junho de 2023 às 17h23.

CMN define a meta de inflação e BC divulga ata e RTI — após as críticas do governo à decisão de manter os juros. Semana traz ainda IPCA-15, definição da ptax e R$ 6,5 bilhões em ofertas de ações. No exterior, destaques são Powell e PCE nos EUA e PMIs da China. Veja destaques:

Reunião do CMN

As expectativas sobre a taxa de juros serão influenciadas pela decisão do Conselho Monetário Nacional sobre a meta de inflação, em reunião no dia 29. “Nós não esperamos mudança na meta de longo prazo de 3% ou no intervalo de 1,5 ponto percentual. CMN pode, no entanto, adotar uma meta contínua, em vez de seguir o ano-calendário”, diz a Bloomberg Economics.

Ata do Copom

Antes do CMN, o mercado buscará na ata do Copom, na terça-feira, detalhes sobre a visão exposta pelo BC no comunicado da última quarta-feira, que abriu brecha para corte de juros, mas sem uma sinalização clara de alívio. “A ata pode esclarecer se os membros do Copom discutiram um corte de juros, e por que decidiram manter a taxa, e também se o debate sobre taxa neutra ganhou força após dados fortes de crescimento e núcleos resilientes de inflação”, afirma a economista Adriana Dupita, da Bloomberg Economics. Ela avalia que a ata pode vir um pouco mais dovish do que o comunicado. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa em Basileia, na Suíça, de evento promovido pelo BIS em 24 e 25 de junho.

RTI, IPCA-15 e Ptax

Na quinta-feira, sai o Relatório Trimestral de Inflação, com coletiva de Roberto Campos Neto e o diretor Diogo Guillen. As projeções do BC ganham atenção especialmente com o debate recente sobre um possível aumento da taxa neutra. Na terça-feira, será divulgado o IPCA-15 de junho, em meio ao alívio recente na inflação e núcleos. Semana de agenda cheia ainda terá resultado fiscal, contas externas, dados de crédito e IGP-M, além da primeira pesquisa Focus pós-Copom na segunda-feira. Na sexta-feira, definição da ptax pode gerar volatilidade no câmbio. No dia 28, IBGE deve divulgar dados do censo.

PCE, Powell, China

O deflator PCE, no dia 30, é o destaque da agenda internacional, em semana que ainda terá resultado do PIB nos EUA. “O PCE de maio pode ser mais brando do que o de abril, elevando as expectativas do mercado de apenas mais uma alta de juros pelo Fed este ano”, diz a Bloomberg Economics. Fórum de bancos centrais em Portugal no dia 28 reunirá o presidente do Fed, Jerome Powell, e seus colegas dos BCs europeu, britânico e japonês. Powell ainda participa de discussão promovida pelo Banco da Espanha no dia 29. PMIs na China testam visão negativa sobre economia do país que pesa nas commodities.

Ofertas de ações

Cerca de R$ 6,5 bilhões podem ser movimentados em três ofertas de ações que devem ser precificadas nos próximos dias. Só a oferta primária da Localiza - com definição de preço dia 26 - pode envolver perto de R$ 4,5 bilhões, considerando o lote adicional e o preço de fechamento de 15 de junho. Vamos e Direcional também precificam ofertas.

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