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Restam poucos caminhos para as ações da OGX, diz analista

Para a Planner, petroleira de Eike Batista passou do patamar de buscar o crescimento para o de sobrevivência


	A OGX ainda tem ativos interessantes mas precisa de recursos para desenvolvê-los 
 (Divulgação)

A OGX ainda tem ativos interessantes mas precisa de recursos para desenvolvê-los  (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2013 às 17h19.

São Paulo - Com o anúncio da suspensão do desenvolvimento de três poços em Tubarão Azul, a OGX (OGXP3) sai do patamar de crescimento para o de sobrevivência. É o que afirma Luiz Francisco Caetano, analista da Planner. 

Ele afirma que restam poucos caminhos para a empresa, que tem outros ativos que podem ser interessantes, mas que precisam de recursos para ser desenvolvidos – e eles não existem nesse momento. “Já há algum tempo deixamos de ter preço-justo e indicação para OGX, pela mais absoluta incapacidade de reunir dados confiáveis para realizar projeções”, explica o analista.

A desconfiança é confirmada pela analista Julia Alba, da Itaú Corretora, em chat com investidores. Questionada sobre a validade de aproveitar o baixo preço dos papéis da OGX para comprar visando o médio prazo, Julia foi categórica: “Não compraria nos níveis de preços atuais, pois não necessariamente esse preço é barato por fundamentos, considerando que a produção no campo de Tubarão Azul não deve melhorar”, afirmou. 

Ibovespa

O grande impacto que a queda da OGX causou no Ibovespa no início do pregão de hoje, levantou questionamentos sobre um possível salto de participação da petroleira na próxima carteira teórica do índice, que é formado de acordo com a negociabilidade das ações, privilegiando as mais líquidas.

Atualmente, a OGX, que tem valor de mercado de 2,5 bilhões de reais, tem peso de 5,06% no índice. Já a Ambev, que tem 259,9 bilhões de reais em valor de mercado – 100 vezes mais que a petroleira de Eike Batista – tem apenas 1,91% de peso no Ibovespa.

“O Ibovespa acaba distorcendo a real dinâmica econômica brasileira ao dar um peso grande a empresas ligadas a setores de commodities, como petróleo, mineração, siderurgia, agronegócio, papel e celulose, que têm seus fundamentos ligados a variáveis externas à economia brasileira”, explica André Perfeito, economista chefe da Gradual Investimentos. Pouco mais de 41% do índice é ligado diretamente a estes setores.

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