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Repsol estuda abrir capital da subsidiária brasileira

Rio - A petroleira espanhola Repsol anunciou hoje que estuda a abertura de capital de sua subsidiária brasileira, com o objetivo de levantar recursos para os pesados investimentos projetados para suas operações no País. A ideia é realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores de São Paulo […]

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Rio - A petroleira espanhola Repsol anunciou hoje que estuda a abertura de capital de sua subsidiária brasileira, com o objetivo de levantar recursos para os pesados investimentos projetados para suas operações no País. A ideia é realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), caminho já utilizado pela OGX, do grupo de Eike Batista, e em estudo pela HRT Oil/Gas, também nacional.

A Repsol projeta investimentos entre US$ 10 bilhões e US$ 18 bilhões no desenvolvimento das reservas de petróleo descobertas no Brasil, algumas delas no pré-sal da Bacia de Santos. A companhia vinha estudando a venda de parte dos ativos para levantar o capital necessário, mas decidiu testar o mercado acionário antes de optar pela venda.

"Não faria sentido vender parte da nossa unidade sem antes ir ao mercado", disse o diretor operacional da companhia, Miguel Martinez. "Nós esperamos que o aumento de capital realmente financie a Repsol Brasil para cobrir os investimentos necessários para desenvolver todas as nossas propriedades no País". A decisão final será feita após a avaliação de preços em relação ao IPO.

De todo modo, o processo só deve ser iniciado após a conclusão da capitalização da Petrobras, que deve concentrar as atenções do mercado financeiro neste terceiro trimestre, afirmou o executivo, em entrevista para divulgar o lucro de 523 milhões de euros no segundo trimestre de 2010. O valor é 60% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

A companhia mantém a busca por parceiros estratégicos para seus projetos, estratégia comum no setor de petróleo, que tem como objetivo dividir riscos e investimentos. Esta semana, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) aprovou a transferência de 60% da concessão BM-ES-29, na Bacia do Espírito Santo, para a norueguesa Statoil e a colombiana Ecopetrol. A Repsol tinha 100% do contrato.

ExxonMobil

Outra petroleira que divulgou balanço hoje, a ExxonMobil anunciou que perfurará um terceiro poço no pré-sal da Bacia de Santos no quarto trimestre deste ano. A companhia é operadora da concessão BM-S-22, ao sul das descobertas gigantes da Petrobras na região, como Tupi e Guará. No ano passado, a empresa não teve sucesso em um poço na área, chamado de Guarani, que não encontrou reservas de óleo e gás.

"Continuamos planejando o terceiro poço", afirmou o vice-presidente de relações com investidores da empresa, David Rosenthal, em entrevista para comentar o lucro de US$ 7,5 bilhões no segundo trimestre. O primeiro poço perfurado na concessão, chamado de Azulão, encontrou petróleo e gás. O BM-S-22 é a única concessão da chamada área do pré-sal de Santos que não é operada pela Petrobras. A estatal, porém, é sócia do projeto, com uma fatia de 20%.
 

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