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Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2010 às 13h12.
Rio de Janeiro - A subsidiária no Brasil da companhia petrolífera hispano-argentina Repsol YPF assinalou hoje que ainda não decidiu sobre a oferta de ações na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em resposta às versões divulgadas a partir da apresentação de uma minuta sobre a operação às autoridades.
"Apresentamos um documento para análise para caso de a companhia em algum momento decidir lançar ações. Por enquanto não há nada decidido a esse respeito", disse à Agência Efe o diretor de comunicações de Repsol Brasil, Alejandro Roig.
Na sexta-feira passada, a filial brasileira apresentou diante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) uma minuta sobre como seria sua Oferta Inicial de Venda de Ações (IPO) na Bovespa na qual não estabelecem a quantidade de ações, os valores e os prazos.
O documento esclarece que se trata de uma "minuta inicial sujeita a alterações e complementações, que foi enviada à CVM para análise e por exigências desta instituição".
"Este documento não constitui um prospecto preliminar de oferta nem constitui uma oferta de venda ou uma solicitação para a oferta de compra de títulos e valores mobiliários no Brasil, nos Estados Unidos ou em qualquer outro lugar", acrescenta a minuta publicada no site da CVM.
Nesse texto apresenta como possíveis coordenadores do lançamento de ações aos bancos de investimentos Merrill Lynch, Credit Suisse, Itaú BBA, Santander Brasil, Barclays e BTG Pactual.
Segundo o documento, as ações seriam emitidas no Brasil, embora "também se realizarão esforços de colocação nos Estados Unidos para investidores institucionais qualificados".
Segundo Roig, o possível IPO da Repsol Brasil na Bovespa já tinha sido anunciada oficialmente em novembro e desde então está em estudo.
"Temos um grande volume de ativos no Brasil e evidentemente a matriz está buscando alguma forma de colocá-los em operação. O lançamento de ações é uma das hipóteses que está sendo considerada", afirmou.
O presidente da Repsol-YPF, Antonio Brufau, disse em abril que tinha encomendado a um grupo de bancos de investimentos uma análise sobre a melhor forma de incorporar acionistas minoritários aos projetos da empresa no Brasil.
Uma das possibilidades era lançar na bolsa parte da Repsol Brasil nos mercados indicados pelos analistas, entre os quais seriam incluídos São Paulo e Nova York.
A busca de recursos se deve ao fato da companhia prever investimentos em seus projetos no Brasil entre US$ 4 bilhões e US$ 5 bilhões até 2014 e entre US$ 6 bilhões e US$ 9 bilhões a partir desse ano.
A companhia petrolífera tem concessões para explorar 14 áreas no Brasil, algumas em associação com a Petrobras e em áreas do pré-sal, o novo lugar de prospecção descoberto em águas profundas em frente ao litoral brasileiro, que pode transformar o país em um dos grandes exportadores mundiais de petróleo.
O documento enviado à CVM do Brasil esclarece que a possível oferta de ações está destinada a obter os recursos necessários para financiar as operações da empresa em tais concessões.
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