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Renda variável volta a brilhar em 2025 com índice Small Caps liderando alta

No acumulado de 12 meses, a renda variável, inclusive, supera os ativos conservadores como CDI e poupança

Renda variável: índice Small Caps se destaca em 2025 (Germano Lüders/Exame)

Renda variável: índice Small Caps se destaca em 2025 (Germano Lüders/Exame)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 31 de maio de 2025 às 10h01.

Em meio à perspectiva de um corte de juros em 2026 e a forte entrada de capital estrangeiro na Bolsa, a renda variável voltou a brilhar neste ano.

Até maio, o índice Small Caps acumula uma alta expressiva de 25,12%, superando todos os demais indicadores e consolidando-se como o principal destaque do ano.

Logo atrás, aparecem o Ibovespa (+13,92%), principal índice acionário da B3. E os dividendos voltaram ao radar: o IDIV, índice de ações boas pagadoras de dividendos, acumula alta de 11,75%. O levantamento é da consultoria Elos Ayta.

Na ponta oposta, a recente valorização do real frente à moeda americana afetou diretamente o desempenho dos ativos internacionais, que haviam se destacado no ano anterior.

O índice de BDRs da B3 (BDRX) teve o pior resultado do ano, com queda de 8,81%, enquanto o dólar Ptax acumulou retração de 7,81% até o final de maio.

Em maio, todos os índices subiram

No mês de maio, os mercados apresentaram desempenho amplamente favorável. Dos 13 índices monitorados pela consultoria, todos encerraram o mês com retornos positivos ou estáveis.

O destaque ficou com o bitcoin, que avançou 11,18%, impulsionado pelo aumento do interesse de investidores institucionais e pela busca por alternativas. Na sequência, vem o BDRX, com ganho de 7,94%, e o Small Caps, que subiu 5,94%. Já o ouro fechou o mês sem variação, permanecendo estável.

No acumulado de 12 meses até maio de 2025, o bitcoin supera todos os índices com grande margem: o ativo teve uma valorização 68,39%. No segundo lugar, aparece o BDRX, que subiu 24,39%, e o IDIV, com alta de 14,90%.

Já o Ibovespa aparece apenas na sexta posição, com ganho de 12,23%, ficando atrás de índices como o IHFA (+12,95%), que mede o desempenho de hedge funds, e a variação do euro frente ao real, que avançou 13,93%.

Entretanto, em 12 meses, a renda variável supera os ativos conservadores. O CDI subiu 11,74%, enquanto a poupança valorizou 7,46% e o IFIX, de ativos imobiliários, avançou “apenas” 2,35%— uma inversão importante de tendência após anos de liderança da renda fixa.

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