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Reguladores dos EUA querem mais transparência em auditoria

Mudança obrigaria auditores a dar mais detalhes sobre a análise de balanços em uma tentativa de munir investidores com mais informações


	Bolsa de Nova York: mudanças deveram oferecer mais informações aos investidores sobre as empresas com capital aberto
 (Mario Tama/ Getty Images)

Bolsa de Nova York: mudanças deveram oferecer mais informações aos investidores sobre as empresas com capital aberto (Mario Tama/ Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2013 às 20h59.

Washington - Reguladores norte-americanos divulgaram uma proposta controversa nesta terça-feira que pode obrigar auditores a dar mais detalhes sobre a análise de balanços de empresas listadas em bolsa, numa tentativa de munir investidores com mais informações.

O comitê de vigilância contábil para empresas abertas afirmou que sua proposta, se adotada, seria a mudança mais significativa para relatórios de auditoria desde a década de 1940.

Nos últimos 70 anos, auditores aderiram ao padrão de opinião de auditoria de três parágrafos, que fica anexada ao balanço anual da companhia, que essencialmente dão uma nota aos livros da empresa.

Os relatórios afirmam se os comunicados financeiros apresentados correspondem à condição financeira da empresa e se seguem os princípios contábeis (GAAP).

A proposta desta terça-feira não acabaria com o atual sistema de aprovação das empresas pelos auditores. Mas pela primeira vez em décadas, seria necessário que os auditores avaliassem informações além dos comunicados financeiros, e descrevessem os resultados.

Grupos de investidores criticaram nos últimos anos a fórmula de três parágrafos dos relatórios de auditoria, afirmando que se tratava apenas de um carimbo que falha em dar informações necessárias, incluindo preocupações que podem ter surgir durante a auditoria.

Mas empresas abertas e auditores afirmam que a direção da empresa, e não os auditores, deveriam fornecer informações adicionais. As companhias estão cautelosas com a possibilidade de mudanças nas regras, afirmando que a informação pode ser tirada do contexto ou entrar em conflito com regras de confidencialidade.

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