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Redecard e Cielo despencam depois de declarações de Paulo Barreto

Queda das ações chegou a 14% nesta terça-feira; ministro da Justiça quer redução nas tarifas cobradas dos lojistas para reduzir o custo final ao consumidor

"A nossa ideia é promover as mudanças de uma maneira amigável e negociada com a indústria", disse o ministro Paulo Barreto (.)

"A nossa ideia é promover as mudanças de uma maneira amigável e negociada com a indústria", disse o ministro Paulo Barreto (.)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2010 às 19h23.

São Paulo - As ações da Cielo (CIEL3) e da Redecard (RDCD3) despencam no pregão desta terça-feira (18) na BM&F Bovespa. O desempenho dos papéis reflete as declarações do ministro da Justiça, Paulo Barreto, que sugerem um maior controle do governo sobre a indústria de cartões de crédito no Brasil.

"A nossa ideia é promover as mudanças de uma maneira amigável e negociada com a indústria", disse Barreto em entrevista concedida à agência Bloomberg. "Primeiro vamos regular as tarifas aos consumidores, depois a relação com os clientes e, depois, discutir as taxas de juros", afirmou.

As ações ordinárias da Cielo encerram o dia com baixa de  13,88%, negociadas a 15,50 reais. Os papéis da Redecard recuaram 10,75%, vendidos a 28,29 reais. O Ibovespa - principal índice de ações da bolsa brasileira - também fechou em queda, com uma variação de 3,2%, aos 60.841 pontos.

O cerco ao setor de cartões de crédito se ampliou em 2010. No começo de maio, o Banco Central divulgou, em conjunto com a Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda e a Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, um relatório extenso com várias propostas de mudanças no setor.

Em resposta, a indústria anunciou que poderá iniciar algumas práticas para coibir certas atitudes como cobranças indevidas, envio de cartões sem solicitação e falta de informações sobre a cobrança de tarifas. O compromisso foi assumido junto ao Ministério da Justiça. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a  Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) devem detalhar as propostas até o final de junho.

Leia mais sobre Cartões de Crédito.

BC: Relatório sobre a Indústria de Cartões de Pagamentos

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