As 1.200 maiores empresas do mundo recompraram um recorde de US$ 1,31 de suas ações (Reprodução/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 13 de maio de 2023 às 09h40.
Última atualização em 15 de maio de 2023 às 14h42.
As recompras de ações atingiram um novo recorde global, encostando no valor pago pelos dividendos, de acordo com levantamento do Janus Henderson Global Dividend Index.
As 1.200 maiores empresas do mundo recompraram um recorde de US$ 1,31 de suas ações, valor muito próximo ao US$ 1,39 trilhão que as mesmas empresas pagaram em dividendos durante o ano. Além disso, o total recomprado foi 22% superior ao registrado em 2021, que já havia estabelecido o recorde anterior.
O estudo comparou os resultados das empresas referentes à 2022 com os dividendos distribuídos no ano passado – que são os dados mais recentes disponíveis na base do índice.
“O rápido crescimento das recompras nos últimos três anos reflete um forte desempenho dos lucros e do fluxo de caixa livre e uma disposição para recompensar os acionistas sem estabelecer expectativas inesperadas em relação aos dividendos”, afirmou, em nota, Ben Lofthouse, diretor de renda variável global da Janus Henderson.
A maior contribuição para o crescimento de recompras em 2022 veio do setor de petróleo, aponta o estudo. As empresas do setor recompraram US$ 135 bilhões de suas próprias ações, mais de quatro vezes mais do que em 2021.
O Janus Henderson Global Dividend Index ressalta, no entanto, que o fenômeno não é novo. As recompras quase triplicaram de valor nos últimos 10 anos, superando o aumento de 54% nos dividendos no mesmo período.
O maior salto ocorreu em 2018 e foi causado principalmente pelas empresas de tecnologia dos EUA, que aumentaram seus programas de recompra.
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