CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, faz projeções para a economia dos EUA (Tiffany Hagler-Geard/Bloomberg/Getty Images)
Redatora
Publicado em 9 de setembro de 2025 às 15h35.
O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, afirmou que a economia dos Estados Unidos está mostrando sinais de enfraquecimento. Uma das razões são os dados fracos de criação de emprego.
De acordo com informações do Departamento do Trabalho, o número de empregos não agrícolas no ano fiscal encerrado em março deste ano foi revisado para baixo em 911 mil vagas em relação às estimativas iniciais.
A revisão superou as projeções de Wall Street e representa a maior queda já registrada em mais de 20 anos. “Não sei dizer se está a caminho de uma recessão ou apenas enfraquecendo", disse à CNBC.
A revisão dos dados mostra que a maior economia do mundo criou bem menos empregos do que o previsto. Isso após relatório apontar que o crescimento do mercado de trabalho praticamente parou em julho, com apenas 73 mil vagas adicionadas.
Após a divulgação, o presidente Donald Trump demitiu o comissário do Departamento de Estatísticas do Trabalho.
Em agosto, o ritmo de geração de empregos seguiu fraco, com aumento de apenas 22 mil postos não agrícolas.
Dimon destacou que, por ser o maior banco dos EUA em ativos, o JPMorgan Chase acompanha uma ampla gama de dados sobre consumidores, empresas e comércio global. Segundo ele, embora a maioria dos consumidores continue empregada e mantendo gastos, a confiança pode estar enfraquecida.
“Existem muitos fatores influenciando a economia neste momento”, afirmou Dimon, citando o enfraquecimento do consumo ao lado de lucros corporativos ainda sólidos. “Precisamos aguardar para ver como a situação se desenrola.”
O executivo também comentou que o Federal Reserve deve reduzir a taxa básica de juros na próxima reunião, mas alertou que a medida pode não ter impacto imediato sobre a economia.