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Rebaixamento dos EUA, China e gripe aviária pressionam bolsas globais: o que move o mercado

Na agenda de eventos, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, fará uma palestra em evento do Goldman Sachs, às 10h

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 19 de maio de 2025 às 07h42.

Esta segunda-feira, 19, começa com os investidores repercutindo o corte da nota máxima de crédito dos Estados Unidos pela Moody’s, que retirou o selo de triplo A do país.

Ainda no radar internacional, duas notícias divulgadas na noite de domingo podem movimentar os mercados. Na China, a produção industrial de abril desacelerou na comparação com março, mas veio acima das expectativas, apesar do ambiente de tensões comerciais.

Já em Washington, a Comissão de Orçamento da Câmara aprovou o projeto de corte de impostos proposto por Donald Trump, após acordo entre republicanos. O avanço libera o texto para votação no plenário ainda nesta semana.

A semana também será marcada por uma maratona de discursos de dirigentes do Federal Reserve: dos 15 previstos, cinco ocorrem nesta segunda-feira, incluindo Raphael Bostic (9h30), Philip Jefferson e John Williams (9h45), Lorie Logan (14h15) e Neel Kashkari (14h30).

No Brasil, entre os destaques desta segunda estão o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de março, considerado uma prévia do PIB, às 9h, e a divulgação das novas projeções macroeconômicas da Fazenda, às 14h. Também será publicada a Pesquisa Focus, às 8h25, e o balanço comercial semanal, às 15h.

Notícias sobre casos de gripe aviária no Brasil também devem movimentar o Ibovespa (IBOV) nesta segunda.

Na agenda de eventos, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, fará uma palestra em evento do Goldman Sachs, em São Paulo, às 10h.

Mercados internacionais

As bolsas globais abriram em queda nesta segunda-feira, 19, com os investidores reagindo ao rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Moody’s e digerindo os novos dados da economia chinesa. O movimento afetou os mercados de futuros em Wall Street, com os contratos do Dow Jones recuando 0,8%, os do S&P 500 caindo 1,2% e os do Nasdaq 100 em baixa de 1,6%.

Na Ásia, os principais índices encerraram o pregão em baixa, diante de sinais mistos vindos da China. A produção industrial cresceu 6,1% em abril ante o ano anterior, superando as expectativas do mercado. Já as vendas no varejo avançaram 5,1%, abaixo da projeção de 5,5%, indicando que o consumo interno continua frágil.

O índice chinês CSI 300 recuou 0,48%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,05%. No Japão, o Nikkei 225 teve queda de 0,68%, e o sul-coreano Kospi recuou 0,89%. O S&P/ASX 200, da Austrália, caiu 0,58%.

Na Europa, os mercados abriram em baixa, atentos ao cenário político. O Stoxx 600 registrava queda de 0,4% logo após a abertura, com FTSE 100 e CAC 40 caindo 0,5% e o DAX, da Alemanha, 0,2%.

Investidores acompanham o encontro entre o premiê britânico Keir Starmer e Ursula von der Leyen, da Comissão Europeia, que pode resultar em novos acordos de defesa e mobilidade.

Outro ponto de atenção é a expectativa de uma ligação entre Donald Trump e Vladimir Putin nesta segunda, após o fracasso das negociações de paz entre Rússia e Ucrânia na semana passada.

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