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Realização de lucros prevalece nas bolsas da Europa

Com muitos investidores ausentes pelas festas de fim de ano, as principais bolsas da região registraram volume de negócios reduzido


	Bolsa de Londres: o principal índice da Europa, o FTSE 100 da Bolsa de Londres, subiu seis sessões consecutivas
 (Jason Alden/Bloomberg)

Bolsa de Londres: o principal índice da Europa, o FTSE 100 da Bolsa de Londres, subiu seis sessões consecutivas (Jason Alden/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 14h49.

São Paulo - A maioria das bolsas europeias fechou em baixa nesta segunda-feira, 30, em uma sessão de realização de lucros após terem alcançado o maior nível em cinco anos na última sexta-feira, 27.

Com muitos investidores ausentes pelas festas de fim de ano, as principais bolsas da região registraram volume de negócios reduzido.

Analistas repercutem a declaração do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, de que não há necessidade urgente em reduzir juros na região e a decisão dos acionistas do italiano Banca Monte dei Paschi di Siena de aumentar o capital da instituição só após maio. O índice Stoxx 600 recuou 0,17%, para 327,13 pontos. No ano, o índice acumula alta de mais de 17%.

Em um fim de ano marcado pela recuperação dos mercados nas economias desenvolvidas, as bolsas europeias engataram vários pregões seguidos de valorização na semana passada.

O principal índice da região, o FTSE 100 da Bolsa de Londres, subiu seis sessões consecutivas. Parte dessa força diminuiu nesta segunda-feira. Amanhã, a maioria dos mercados europeus opera apenas até o início da tarde.

O mercado repercutiu novas declarações do presidente do BCE. Em entrevista à revista alemã Der Spiegel publicada no fim de semana, Mario Draghi afirmou que há "sinais encorajadores" na economia da região e os indicadores do fim de 2013 mostram um cenário melhor que o imaginado há alguns meses.

Apesar do discurso encorajador, Draghi não quis fechar a porta para eventuais novas medidas. O presidente do BCE reconhece que a inflação desacelerou na zona do euro, mas disse que não é possível falar em deflação. Diante do quadro, afirmou não ver necessidade imediata de um novo corte nas taxas de juros.

Nesse cenário, o índice DAX da Bolsa de Frankfurt caiu 0,39% e fechou a 9.552,16 pontos, recuando do nível histórico alcançado na sessão anterior. A Deutsche Telekom recuou 1,4% e a Bayer perdeu 1,1%.


Em Londres, o índice FTSE perdeu 0,29% e encerrou a sessão a 6.731,27 pontos.

Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 recuou 0,05% e fechou a 4.275,71 pontos. As ações da Sanofi fecharam em baixa de 0,3% após reguladores americanos rejeitarem o novo medicamento da empresa contra a esclerose múltipla - Lemtrada.

Já o índice FTSE-Mib, da Bolsa de Milão, subiu 0,06%, fechando a 18.967,71 pontos. Acionistas do banco Monte dei Paschi di Siena autorizaram no sábado o aumento de capital de 3 bilhões de euros na instituição, mas somente após o mês de maio.

Necessário para sanear os problemas financeiros do banco mais antigo do mundo em funcionamento, o aumento de capital da casa foi adiado graças à pressão da Fundação Monte dei Paschi, maior acionista do banco com 33,5% das ações. O papel do banco avançou 1,39% na sessão de hoje.

O índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, teve queda de 1,37%, fechando a 6.553,60 pontos. Em Madri, o índice IBEX-35 teve leve alta de 0,02% e fechou a 9.901,90 pontos.

Com informações da Dow Jones Newswires.

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