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Reação à eleição dos EUA, PEC da Transição, balanços com BB, Natura e BRF: o que mais move o mercado

Partido Democrata se mostra mais forte do que o previsto em eleição para o Congresso americano e pode assegurar maioria no Senado

Eleitores votando nos EUA (Rachel Mummey/Bloomberg)

Eleitores votando nos EUA (Rachel Mummey/Bloomberg)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 9 de novembro de 2022 às 07h51.

Última atualização em 10 de novembro de 2022 às 07h19.

Bolsas internacionais operam em leve queda na manhã desta quarta-feira, 9, com investidores à espera do resultado das eleições de meio de mandato dos Estados Unidos.

Os votos seguem sendo contados, mas as projeções iniciais são de que o partido Democrata, do presidente Joe Biden, se mostre mais forte que o apontado pelas pesquisas. Embora vitória do partido Republicano na Câmara dos Representantes esteja praticamente sacramentada, a disputa pelo Senado segue apertada, com a possibilidade dos democratas manterem o controle.

Em entrevista ao Financial Times, Lindsey Graham, senador republicano pelo estado da Carolina do Sul, disse estar feliz com o desempenho de seu partido, mas admitiu que "com certeza, não foi uma onda [vermelha]", em referência à cor do partido Republicano.

A expectativa de que a oposição de Joe Biden ganhasse o controle do Congresso americano vinha puxando os preços nas bolsas americanas nos últimos dias. Nesse sentido, o resultado que vem se desenhando pode representar certa frustração no mercado. " Os democratas estão um pouco melhor do que o esperado nas eleições intermediárias dos EUA. Parece improvável que esta notícia destrave ganhos nas ações, como previsto" afirmaram em relatório estrategistas do banco ING.

Embora o resultado das eleições para o Congresso americano represente um ponto importante no mercado internacional, o ING pontuou que as discussões sobre as condições financeiras e altas de juros dos Estados Unidos devem permanecer como o principal foco do mercado. A grande expectativa, agora, é para a Índice de Preço ao Consumidor americano (CPI, na sigla em inglês), que será divulgado na quinta-feira, 10.

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Desempenho dos indicadores às 8h (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): - 0,31%
  • S&P 500 futuro (Nova York): - 0,32%
  • Nasdaq futuro (Nova York): - 0,22%
  • DAX (Frankfurt): - 0,62%
  • CAC 40 (Paris): - 0,25%
  • FTSE 100 (Londres): - 0,21%
  • Stoxx 600 (Europa): - 0,57%
  • Hang Seng (Hong Kong): - 1,20%

Brasil: entre o fiscal e a nomeação

Discussões sobre o cenário político também seguem em alta no Brasil, onde as atenções se dividem entre as nomeações do governo eleito e as negociações da PEC da Transição. Na véspera, foram escolhidos para equipe de transição André Lara Resende e Pérsio Arida, que estiveram por trás do Plano Real e gozam de alta credibilidade no mercado. O anúncio foi suficiente para dar um novo gás para a bolsa no último pregão e derrubar o dólar.

Mas preocupações sobre o aspecto fical no governo de Luiz Inácio Lula da Silva seguem elevadas. No cerne do debate está em quanto o teto de gastos será furado para acomodar custos da manutenção do valor atual do Auxílio Brasil e aumentos de gastos em programas sociais. Os valores estimados para o impacto fiscal variam entre R$ 100 bilhões e R$ 200 bilhões. Em carta divulgada na terça-feira, 8, a Verde Asset chegou a comparar a PEC a um "trem da alegria de crescimento dos gastos descontrolado".

Leia mais: De 100 a 200 bilhões: qual o custo da PEC de Transição e o futuro fiscal do Brasil?

Agenda de balanços

Em mais um dia intenso da temporada de balanços do terceiro trimestre, serão divulgados nesta quarta os resultados da Eletrobras (ELET6), Equatorial (EQTL3), Hapvida (HAPV3), Minerva (BEEF3), BRF (BRFS3), Banco do Brasil (BBAS3), Petz (PETZ3), Gerdau (GGBR4), Natura (NTCO3), Oi (OIBR3), Rede D'Or (RDOR3), SmartFit (SMFT3), SulAmérica (SULA11), Taesa (TAEE11), entre outros. Desses, somente o balanço da SmartFit sairá antes da abertura do pregão.

Investidores também irão repercurtir no pregão desta quarta os resultados divulgados na noite anterior. Entre eles estiveram os do Bradesco, 3R (RRRP3), Arezzo (ARZZ3), Braskem (BRKM5), C&A (CEAB3), XP (XPBR31), Cury (CURY3), CVC (CVCB3), Engie Brasil (ENBR3), Inter (INBR31), Méliuz (CASH3), Taurus (TASA3) e Totvs (TOTS3).

Leia mais: Sob holofotes, Natura &Co divulga balanço após fechamento

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