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Reabertura da Bolsa do Egito é adiada novamente

Irregularidades nas operações bancárias fazem com que pregão continue suspenso por tempo indeterminado

Bolsa do Cairo: setor financeiro do Egito vive conflito entre empresas e sindicatos (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Bolsa do Cairo: setor financeiro do Egito vive conflito entre empresas e sindicatos (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 10h49.

Cairo - A Bolsa do Egito anunciou nesta segunda-feira um novo adiamento na reabertura das operações, suspensas desde o fim de janeiro por causa da revolta popular que terminou com o regime de Hosni Mubarak.

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As sessões da Bolsa de Valores deveriam reabrir nesta quarta-feira, mas um dos responsáveis pela Bolsa do Egito, Khaled Siyam, disse que também não haverá operações nesse dia, tampouco na quinta-feira.

Siyam, no entanto, não confirmou se a reabertura será no dia útil seguinte, 20 de fevereiro.

A decisão foi adotada por causa da irregularidade nas operações bancárias, que nesta segunda fecharam as portas e também o farão - na terça coincidindo com o feriado.

As autoridades das bolsas de valores disseram que o atraso na reabertura das sessões foi feita sob consulta com a Autoridade de Supervisão Financeira e outras dependências oficiais vinculadas às atividades das bolsas de valores.

Os bancos egípcios, que estão operando parcialmente desde a semana passada, estão sendo palco de interrupções sindicais por demandas salariais, sob o calor dos protestos políticos que levaram a renúncia de Mubarak.

O Banco Central anunciou na véspera que havia decidido suspender todas as operações bancárias nesta segunda, estendendo até o feriado pelo nascimento do profeta Maomé, que é lembrado nesta terça-feira.

Na última sessão da Bolsa do Egito, em 27 de janeiro, seu principal indicador, EGX30, caiu 10,52%, e no dia anterior perdeu 6,14%.

Desde então, as autoridades das bolsas de valores foram atrasando a reabertura das sessões por diferentes motivos, em princípio pelo fechamento das atividades bancárias e agora pelo conflito sindical no setor.

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