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Ray Dalio deixa Bridgewater após 50 anos

Em publicação nas redes sociais, Dalio destacou que está satisfeito com a transição

Para Dalio, os EUA precisam reduzir o déficit fiscal para cerca de 3% do Produto Interno Bruto (Patrick T. Fallon/Bloomberg)

Para Dalio, os EUA precisam reduzir o déficit fiscal para cerca de 3% do Produto Interno Bruto (Patrick T. Fallon/Bloomberg)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter

Publicado em 3 de agosto de 2025 às 08h45.

O investidor Ray Dalio finalizou a venda de sua participação remanescente na Bridgewater Associates, fundo de hedge que fundou há 50 anos, segundo carta enviada a clientes. A movimentação ocorre no mesmo momento em que o fundo soberano de Brunei adquiriu uma participação minoritária na gestora.

A operação foi comunicada pelo CEO da Bridgewater, Nir Bar Dea, e pelo copresidente Mike McGavick, segundo a Reuters. “Queremos informá-los de que a Bridgewater recomprou recentemente as últimas ações restantes detidas por entidades relacionadas a Dalio”, afirmaram os executivos.

O desfecho marca o fim de um longo processo de sucessão na maior gestora de fundos de hedge do mundo, que administra US$ 92,1 bilhões em ativos. Dalio, de 76 anos, havia renunciado ao cargo de CEO em 2017 e transferido o controle da Bridgewater a uma nova geração de executivos em 2022.

Em publicação nas redes sociais, Dalio destacou que está satisfeito com a transição. “Acima de tudo, estou emocionado porque adoro ver a Bridgewater viva e bem sem mim — ainda melhor do que viva e bem comigo”, escreveu. Segundo a Reuters, Dalio também deixará o conselho de administração da empresa.

Dalio prevê 'ataque cardíaco econômico' nos EUA até 2028

Para Dalio, o país precisa reduzir o déficit fiscal para cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) para evitar um agravamento severo da situação financeira.

O investidor argumentou que, se os EUA ajustarem gastos e receitas em torno de 4% enquanto a economia ainda estiver estável, será possível baixar as taxas de juros e aliviar a pressão sobre os mercados e as contas públicas. Dalio citou o período de mercado entre 1991 e 1999, quando os Estados Unidos conseguiram manter um equilíbrio fiscal mais robusto.

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