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Rating das aéreas em risco com desequilíbrio entre receitas e custos, diz Fitch

Agência avalia que as empresas não vão conseguir aumentar as margens

Desafio é administrar as taxas de aumento do tráfego de forma sustentável e econômica, diz Fitch (Divulgação)

Desafio é administrar as taxas de aumento do tráfego de forma sustentável e econômica, diz Fitch (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 15 de junho de 2012 às 11h18.

São Paulo – A qualidade de crédito das companhias aéreas brasileiras está sob risco, avalia a agência de classificação Fitch em um relatório enviado nesta quinta-feira. “A Fitch acredita que a qualidade de crédito das empresas do setor aéreo brasileiro sofrerá deterioração em 2012, movida pelo desequilíbrio entre a geração de receitas e os custos”, mostra a análise assinada por Alberto Santos e Jose Vertiz.

Segundo eles, as empresas permanecem impossibilidades de melhorar os yelds (que apresenta o valor médio pago por passageiro em cada quilômetro voado) e manter as margens, devido ao aumento de custos. Embora os aeroportos e companhias tenham se beneficiado do aumento no volume de passageiros, explica a Fitch, o desafio agora é administrar as taxas de aumento do tráfego de forma sustentável e econômica.

Pouca margem de erro

A agência ressalta que no período de 2007 a 2011, o número de passageiros nos aeroportos do país aumento aproximadamente 75%. O ritmo continua a superar a média dos pares globais. O mercado interno já é o quarto maior do mundo em passageiros transportados. A Fitch ressalta, porém, que as ações do governo como a redução do imposto de renda sobre as obrigações relacionadas a projetos e o uso das parcerias público-privadas para construir três novos terminais – devem estimular o desenvolvimento do setor.

“Entretanto, com a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, há pouca margem para erro”, dizem. Santos e Vertiz ressaltamainda que os perfis de crédito da dívida da infraestrutura aeroportuária dependerão amplamente da resiliência do volume de passageiros, da diversidade das transportadoras e da transparência da estrutura regulatória.

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