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Rali de mercados emergentes deve continuar em 2020, diz pesquisa

Os ativos de países em desenvolvimento devem mostrar performance superior ao desempenho de mercados desenvolvidos

Emergentes: Ásia lidera com a melhores perspectivas (Ueslei Marcelino/reuters/Reuters)

Emergentes: Ásia lidera com a melhores perspectivas (Ueslei Marcelino/reuters/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 30 de dezembro de 2019 às 10h00.

(Bloomberg) -- Os mercados emergentes estão prestes a embarcar em mais um ano de criação de riqueza depois de investidores terem injetado US$ 14 trilhões aos portfólios desses países na última década.

Os ativos de países em desenvolvimento devem mostrar performance superior ao desempenho de mercados desenvolvidos, sendo que a Ásia lidera com a melhores perspectivas, segundo pesquisa da Bloomberg com 57 investidores globais, estrategistas e operadores sobre o cenário para 2020. O total de ativos em ações e títulos de dívidas de mercados emergentes agora ultrapassa US$ 27 trilhões, um valor maior que as economias dos EUA e da Alemanha juntas.

A disputa comercial EUA-China, que ditou os movimentos do mercado ao longo de 2019, continuará sendo o maior fator de impulso. As perspectivas de crescimento da China eclipsaram a política monetária do Federal Reserve como o segundo fator mais importante. Depois que uma onda global de afrouxamento monetário levou a mais de US$ 11 trilhões em títulos com rendimento negativo, a pilha de dívidas não deve ser o principal foco, já que alguns bancos centrais estão iniciando política de manutenção dos juros e suspendendo os cortes.

Todos os ativos de mercados emergentes - moedas, ações e títulos - mostram recuperação este ano depois de registrarem as maiores perdas em três anos em 2018, quando o Fed liderou os bancos centrais globais nos cortes dos juros para reaquecer a economia. O rublo da Rússia, a moeda emergente com melhor desempenho este ano até 24 de dezembro, ultrapassou o real e agora é a opção preferida para 2020, enquanto a Indonésia foi a mais favorecida em títulos e ações.

“Ainda sou bastante otimista em relação aos mercados emergentes com a chegada em 2020”, disse Takeshi Yokouchi, gestor sênior da Sumitomo Mitsui DS Asset Management, com sede em Tóquio, que administra US$ 160 bilhões em ativos. “Os fatores de suporte subjacentes para os mercados emergentes ainda permanecem, com juros muito baixos no mundo todo, e isso incentivará os investidores a procurarem ativos de maior rendimento.”

O valor combinado das ações de 26 países listados pela MSCI Inc. como mercados em desenvolvimento aumentou em US$ 9,2 trilhões desde o fim de 2009 até 24 de dezembro, segundo dados compilados pela Bloomberg. Enquanto isso, os índices de renda fixa Bloomberg Barclays, que cobrem uma faixa maior de economias emergentes, mostram que os títulos em moeda local ganharam US$ 3 trilhões; os títulos em dólares americanos aumentaram em US$ 1,7 trilhão; e os títulos denominados em euro ganharam US$ 219 bilhões no período. O indicador de ações MSCI subiu cerca de 15% em 2019 até a véspera de Natal, e seu indicador de moedas mostra valorização de 2,5% no período. A pesquisa foi realizada entre 26 de novembro e 5 de dezembro.

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