Raízen: Ao longo do trimestre, a empresa processou 73,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar (Raízen/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 15 de fevereiro de 2023 às 08h54.
A Raízen registrou lucro líquido ajustado de R$ 255,7 milhões no terceiro trimestre do ano-fiscal 2022/23, até 31 de dezembro de 2022, queda de 79% ante o ganho de R$ 1,219 bilhão do intervalo anterior.
O lucro líquido consolidado do período foi de R$ 168 milhões, ante R$ 1,422 bilhão do registrado em igual intervalo de 2021/2022. A alavancagem fechou o trimestre em um múltiplo de 2 5 vezes a relação de Dívida Líquida pelo Ebitda dos últimos 12 meses, ante 1,7 vez no terceiro trimestre do exercício de 2021/2022. O capex do trimestre totalizou R$ 1,0 bilhão (queda de 65% ante 2021/22).
A receita líquida da Raízen subiu 9% na base anual, chegando a R$ 60,4 bilhões no trimestre encerrado em dezembro. Na mesma base de comparação, o resultado operacional medido pelo Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou positivo em R$ 3,0 bilhões, recuo de 12%, em valores ajustados.
Ao longo do trimestre, a Raízen processou 73,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, redução de 4% em relação ao volume processado no ano-safra anterior. Segundo a companhia, essa redução reflete os efeitos do clima em parte dos canaviais e menor área de colheita (556 mil hectares vs. 600 mil hectares no acumulado da safra passada), fruto da decisão da empresa de acelerar a área de renovação de canavial neste ano, dentro da jornada para recuperação da eficiência agrícola.
No acumulado dos nove meses da safra, a redução da moagem e do ATR (135,9 kg/ton), parcialmente compensadas pela leve melhora do TCH (+1%), resultou em um volume 5% inferior de açúcar equivalente produzido. O mix de produção foi igualmente dividido entre açúcar e etanol (50%-50%), alinhado à estratégia de comercialização para a safra.
No comunicado que acompanha o release com os resultados, a Raízen afirma que o desempenho foi marcado pela expansão da receita líquida, resultado dos maiores volumes comercializados, dos avanços na cadeia de valor do açúcar e etanol vendido com prêmio sobre os preços locais, além da forte expansão da base de clientes no segmento de energia, que já conta com mais de 24 mil unidades consumidoras.