Raízen (Raízen/Divulgação)
Guilherme Guilherme
Publicado em 26 de maio de 2022 às 10h22.
O mercado tem subavaliado os benefícios da integração das operações da Raízen (RAIZ4) e o crescimento sustentável projetado para os próximos anos, segundo o BTG Pactual.
Os analistas reiteraram a recomendação de compra para as os papéis da Raízen, após apresentação de planos da empresa a investidores. As ações estão entre as favoritas (top picks) do banco, com preço-alvo de R$ 10 -- 70% acima da cotação do último fechamento.
O projeto mais audacioso da Raízen envolve a geração de etanol por meio do bagaço da cana-de-açúcar, o E2G. A previsão é de que o E2G, feito do que sobrou da fabricação do etanol de primeira geração (E1G), dobre a produção da companhia.
"A Raízen transmitiu a mensagem de que não deve haver estrangulamentos[no orçamento] para concretizar a construção de todas as 20 fábricas do seu plano de negócios, uma vez que os materiais e insumos contratados estão todos assegurados. Agora, tudo deve ser sobre a execução do plano, preservando um balanço patrimonial forte e um grau de investimento nos próximos anos. Isso também inclui a possibilidade de licenciar a tecnologia E2G como forma de diversificar ainda mais a originação, assim como vem fazendo com outros produtos do portfólio", disse o BTG em relatório.
"A companhia também afirmou que os preços de E2G cresceram mais do que os custos de produção, o que significa que os retornos serão possivelmente ainda mais atraentes."
Apesar do momento operacional, as ações da Raízem acumulam cerca de 5% de queda no ano e de 15% no mês -- o que pode significar uma oportunidade, na opinião de analistas do BTG. O preço atual, segundo estimativas do banco, considera 11x P/L para este ano-safra e de 7,4x para o próximo. "[Os múltiplos] parecem pouco exigentes com base no crescimento, retornos históricos sólidos e execução já testada pelo tempo."