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Quem subiu e desceu na bolsa com os resultados desta segunda-feira

TAM, Brookfield e Fibria estão entre as empresas que publicaram os resultados

Ações da Brookfield despencaram 14% após resultados abaixo do esperado (Divulgação)

Ações da Brookfield despencaram 14% após resultados abaixo do esperado (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2012 às 17h45.

São Paulo – Os investidores avaliaram hoje os balanços divulgados desde o fechamento da última sexta-feira em um ambiente de forte volatilidade internacional e que só poupou as ações da AmBev (AMBV4) e Souza Cruz (CRUZ3) dentro do índice Bovespa, o mais acompanhado da bolsa brasileira. O dia terminou com uma baixa de 3,2%, aos 57.539 pontos. O dólar comercial subiu forte e terminou perto da casa dos 2 reais.

Veja abaixo os principais destaques dos balanços, a reação do mercado e a opinião de analistas:

ALL (ALLL3) -2,66%

A empresa de logística registrou um prejuízo líquido de 2,4 milhões de reais, valor que reverteu o lucro de 500 mil reais anotado um ano antes. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou 320,8 milhões de reais no intervalo, crescimento de 6,4%. A receita líquida da ALL totalizou 768,5 milhões de reais no primeiro trimestre, crescimento de 16,2%.

“O resultado da ALL no primeiro trimestre foi pressionado pela piora do cenário industrial no país e também pela fraca safra de grãos na região sul. Dessa forma, a empresa perdeu margem no período e ficou com um resultado fraco. Do lado positivo teve o desempenho da Bravo, que tem mostrado bom crescimento e deverá ao longo dos próximos trimestres aumentar sua participação no resultado da empresa contribuído com maior peso”, explica a equipe da corretora Planner em um relatório. A recomendação continua em compra.

Brookfield (BISA3) -14,87%

A empresa divulgou seus resultados do primeiro trimestre do ano no sábado e revelou uma queda de 94% no lucro líquido, para apenas 4 milhões de reais. O balanço foi afetado por ajustes em orçamentos de projetos e pelas despesas operacionais. O Ebitda também apresentou queda, ficando em 95,7 milhões de reais entre janeiro e março, ante 179,7 milhões de reais um ano antes. A receita líquida passou de 731 milhões de reais para 672 milhões de reais.


Em relatório enviado para clientes, os analistas Guilherme Rocha e Daniel Gasparete, do Credit Suisse, destacaram como principais pontos negativos do balanço um alto nível de cancelamento de contratos, com baixo reconhecimento de receitas dado ao fraco nível de lançamentos no trimestre. Classificando o resultado como negativo, eles resumem. “Não há espaço para uma recuperação da ação no curto prazo”. A recomendação para os papéis é “neutra”, com preço-alvo estimado em 7,50 reais.

TAM (TAMM4) -1,63%

A companhia aérea encerrou o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de 100,9 milhões de reais, ante 128,8 milhões de reais obtidos no mesmo período do ano passado. O Ebitdar (sigla para lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e leasing de aeronaves) totalizou 298,2 milhões de reais, ante 380,5 milhões obtidos entre janeiro e março de 2011. A receita líquida foi de 3,228 bilhões de reais, alta de 6,1%.

“O cenário para o setor aéreo, em especial o mercado doméstico deve seguir se deteriorando induzido pelo aumento das tarifas, assim como a desaceleração da atividade econômica. Por outro lado, o patamar de preço do petróleo deve seguir pressionando os custos pelo menos até o 2 súbita alta do dólar se aproximando de R$ 2,00 deve reduzir o apetite pelos voos internacionais, assim como impactará o custo das dívidas referenciadas a moeda gerando a expectativa de resultados piores”, avalia Leonardo Ribeiro Nitta, analista do BB Investimentos.

Fibria (FIBR3) -1,94%

A produtora de celulose encerrou o primeiro trimestre com prejuízo líquido de 10 milhões de reais, revertendo um ganho de 389 milhões de reais obtido no mesmo período do ano passado. O Ebitda foi de 377 milhões de reais, queda de 38% na mesma base de comparação. A receita líquida chegou a 1,274 bilhão de reais, queda de 18%.

“Os números ficaram em linha com nossa projeção e consenso do mercado. Apesar dos anúncios de aumento de preços feitos ao longo do trimestre, o preço médio da celulose ficou estável. Os volumes diminuíram em relação ao 4T11 em função da sazonalidade negativa do primeiro trimestre”, ressaltam Fernando Siqueira e Hugo Rosa, analistas da Citi Corretora. A recomendação é de venda, com um preço-alvo de 14,94 reais.

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